Guiné Equatorial restringe Internet após escândalo sexual

Recentemente, a Guiné Equatorial enfrentou uma crise após a divulgação de vídeos que mostram Baltasar Ebang Engonga, diretor da Agência Nacional de Investigação Financeira, em situações comprometedoras com várias parceiras em seu gabinete. Os vídeos se tornaram virais nas redes sociais, levando o governo a tomar medidas drásticas, incluindo a restrição do tráfego de Internet no país.

O vice-presidente Teodoro Nguema Obiang Mangue anunciou que todos os funcionários públicos envolvidos em relações sexuais nos gabinetes seriam suspensos imediatamente. Ele destacou que essas ações violam o código de conduta e as leis de ética pública. Este não é um caso isolado, mas a notoriedade de Ebang Engonga, que é filho de um influente político, fez com que a situação ganhasse proporções maiores.

Além disso, o governo já havia dado um prazo de 24 horas para que as autoridades de telecomunicações encontrassem uma solução para impedir a disseminação de vídeos pornográficos nas redes sociais. O vice-presidente expressou preocupação com o impacto desses vídeos nas famílias, afirmando que não poderiam permitir a destruição de lares.

Estima-se que existam mais de 400 vídeos gravados por Ebang Engonga, que foram compartilhados em plataformas como WhatsApp, Facebook e Instagram. O procurador Anatolio Nzang Nguema afirmou que, caso os exames médicos indiquem que Ebang Engonga está infectado por uma doença sexualmente transmissível, ele poderá ser processado por crimes contra a saúde pública.

As medidas do governo resultaram em uma severa perturbação no fluxo de tráfego de Internet, dificultando o download de imagens e vídeos no país, conforme relatado pela agência de notícias France-Presse (AFP).