Filme 'Ainda Estou Aqui' aborda ditaduras e democracia

O filme "Ainda Estou Aqui" estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (7) e promete ser um dos grandes destaques do cinema nacional. A produção, que é uma adaptação do livro de Marcelo Rubens Paiva, é vista como a maior chance do Brasil de conquistar uma indicação ao Oscar de melhor filme internacional desde "Central do Brasil", em 1999.

A atriz Fernanda Torres, que protagoniza a obra, destaca a importância do filme como um alerta sobre os perigos dos governos autoritários. Em entrevista, ela comentou que muitas pessoas mais jovens não têm conhecimento sobre a ditadura militar que o Brasil viveu até 1985. Torres enfatiza que, apesar das falhas da democracia, ela ainda é a melhor opção que temos. "A democracia é falha, mas é o melhor que temos", afirmou.

O filme retrata a história de Eunice Paiva, mãe do autor, que se transforma em uma ativista dos Direitos Humanos após o assassinato de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, pela ditadura. A atuação de Torres tem sido amplamente elogiada, e a produção já recebeu prêmios em festivais internacionais, como o de Veneza.

Selton Mello, que também atua no filme, concorda com a importância da mensagem que a obra traz. Ele relembra que cresceu em um ambiente onde a ditadura era chamada de "revolução" e que, ao se tornar adulto, percebeu a realidade do que realmente aconteceu.

Os dois atores expressam otimismo em relação ao filme, que já está gerando discussões sobre a história do Brasil e a importância da democracia. A expectativa é que o público se conecte com a narrativa e reflita sobre os desafios enfrentados pelo país. A lista de pré-indicados ao Oscar será divulgada em 17 de dezembro, e a cerimônia acontece em 2 de março de 2025.