Reforma da Lei de Mineração é Necessária para Proteger o Grand Canyon

A Lei de Mineração de 1872 está ultrapassada e precisa de reforma para proteger parques nacionais e a saúde pública. O Parque Nacional do Grand Canyon, que recebe milhões de visitantes anualmente, enfrenta ameaças devido à mineração de urânio na região. Em agosto de 2023, após anos de luta, foi criado o monumento nacional Baaj Nwaavjo I’tah Kukveni, que abrange quase 1 milhão de acres de terras sagradas para várias nações indígenas. No entanto, a mineração de urânio continua, com a Pinyon Plain Mine iniciando operações em janeiro de 2024, mesmo dentro dos limites do novo monumento.

A mineração de urânio na região do Grand Canyon remonta à década de 1950 e deixou um legado tóxico, com contaminação de água e riscos à saúde, especialmente para comunidades indígenas. A Pinyon Plain Mine está localizada a menos de 10 milhas do parque e ameaça fontes de água essenciais, além de espécies em perigo, como o condor da Califórnia.

Apesar do apoio público crescente para a preservação do Grand Canyon, a Lei de Mineração de 1872 permite que operações de mineração continuem em áreas designadas como monumentos nacionais, desde que tenham "direitos existentes válidos". Isso significa que a Pinyon Plain Mine pode operar, mesmo com a nova proteção do monumento.

A National Parks Conservation Association (NPCA) e outras organizações estão pressionando por uma reforma na lei de mineração para garantir que parques nacionais e monumentos sejam protegidos de atividades prejudiciais. O fechamento da Pinyon Plain Mine é visto como uma medida crucial para proteger a água do Grand Canyon e as comunidades vizinhas, incluindo a Nação Navajo e a Comunidade Ute de White Mesa. A reforma da lei é essencial para evitar futuros conflitos de mineração e garantir a proteção a longo prazo das áreas naturais e culturais.