MP investiga racismo em vídeo de funcionário de bar

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) iniciou uma investigação sobre um caso de racismo que ganhou destaque nas redes sociais. Um vídeo, postado por Alessandro Pereira de Oliveira, um funcionário de um bar em Belo Horizonte, gerou revolta ao criticar a Abolição da Escravidão e fazer comentários ofensivos sobre pessoas pretas. No vídeo, ele expressou sua insatisfação com a Lei Áurea, que extinguiu a escravidão no Brasil em 1888, e fez declarações extremamente racistas, sugerindo que pessoas negras deveriam "tomar água do vaso".

Após a repercussão negativa, Alessandro foi demitido do bar onde trabalhava. O proprietário, Alex Sandro de Oliveira, afirmou que ficou indignado com as declarações e não hesitou em dispensá-lo. O promotor de Justiça, Allender Barreto Lima, que coordena o combate ao racismo no MPMG, confirmou que já acionou a polícia para investigar o caso.

A situação é ainda mais complicada para Alessandro, que já possui um histórico criminal, com quatro passagens pelo sistema prisional. Ele estava em liberdade condicional quando fez as declarações racistas e, atualmente, tem um mandado de prisão em aberto por não ter retornado de uma saída temporária.

O caso levanta questões importantes sobre a intolerância e o racismo no Brasil, e a resposta das autoridades é um passo significativo para combater esse tipo de crime. A sociedade aguarda desdobramentos sobre a investigação e possíveis punições para o autor das ofensas.