Morte do jornalista José Roberto Garcez aos 72 anos

O jornalista José Roberto Garcez, natural de Porto Alegre, faleceu na noite do último domingo, dia 20, em São Paulo, aos 72 anos. Ele foi vítima de um infarto, deixando um legado significativo na comunicação pública brasileira. Garcez ocupou cargos importantes ao longo de sua carreira, incluindo o de diretor da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e presidente da Radiobras.

Garcez foi uma figura central na criação da EBC, uma empresa que tem como objetivo promover a comunicação pública no Brasil. O atual presidente da EBC, Jean Lima, expressou sua tristeza pela perda, destacando a importância de Garcez na fundação e defesa da empresa. Ele afirmou: "A comunicação perde um jornalista de grande importância, que desempenhou um papel essencial na criação e na defesa da EBC. Garcez sempre foi um defensor da valorização da comunicação pública, deixando um legado significativo. Meus sinceros sentimentos à família, aos colegas de trabalho e amigos".

A jornalista Tereza Cruvinel, que foi a primeira presidente da EBC, também se lembrou de Garcez como um lutador pela comunicação pública. Ela ressaltou que ele já estava envolvido com essa causa antes mesmo da criação da EBC, tendo presidido a Fundação Piratini e a Radiobras. Tereza comentou sobre a importância de Garcez nos primeiros anos da EBC, quando a empresa estava se consolidando e a TV Brasil estava sendo criada. Ela o descreveu como um colaborador sempre disposto e um conselheiro valioso em momentos difíceis.

O jornalista Eugênio Bucci, que foi presidente da Radiobras durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, também fez questão de lembrar da influência de Garcez na gestão da empresa. Bucci destacou a seriedade e a competência de Garcez, além de sua visão humanista e generosa. Ele afirmou: "Eu tenho, sempre tive, um respeito enorme pela seriedade, pela competência, pela visão humanista e marcadamente generosa com que ele trabalhava todos os dias".

A jornalista Helenise Brant, que foi diretora de Jornalismo na Radiobras e diretora executiva de Produção na EBC, descreveu Garcez como um militante incansável da comunicação pública e um líder generoso. Ela ressaltou que ele se dedicou mais ao projeto da comunicação pública do que à sua própria biografia, fazendo história e sendo lembrado como um admirável brasileiro.

Patrícia Duarte, que atualmente trabalha na Secretaria de Comunicação da Presidência da República, também compartilhou suas memórias sobre Garcez. Ela o descreveu como um jornalista comprometido com a democratização dos meios de comunicação e uma pessoa extremamente gentil e alegre. "Trabalhar com ele foi uma admiração construída, aprendi muito, era uma pessoa muito dócil, muito gentil, muito alegre, que sempre fazia a gente se sentir à vontade", disse Patrícia.

Garcez também teve um papel importante na Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS). Ele atuou no sindicato desde 1979 e foi um dos pilares da construção da EBC que conhecemos hoje. O SindJoRS manifestou sua solidariedade à família e amigos em uma nota de pesar, e a Associação Riograndense de Imprensa também lamentou a perda de Garcez em suas redes sociais.

A morte de José Roberto Garcez representa uma grande perda para o jornalismo e a comunicação pública no Brasil. Seu trabalho e dedicação à causa da comunicação democrática e acessível deixarão um legado que será lembrado por muitos anos. Garcez foi um exemplo de comprometimento e paixão pela profissão, e sua ausência será sentida por todos que tiveram a oportunidade de trabalhar ao seu lado ou de conhecer seu trabalho.