Selic deve subir para 11,25% e impacta investimentos

Nesta quarta-feira (6), a taxa Selic, que é a taxa básica de juros do Brasil, deve subir para 11,25% após uma alta de 0,50 ponto percentual decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Essa é a segunda alta consecutiva e, embora esperada, traz mudanças importantes para quem investe no país.

Com a Selic mais alta, a renda fixa se torna mais atrativa, especialmente os títulos públicos que estão atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA+. Especialistas recomendam focar em títulos de prazos intermediários, em torno de cinco anos, e ter cautela com os prefixados, que podem oscilar bastante.

No setor de ações, a situação é mais complicada. Apesar de os fundamentos das empresas listadas na B3 serem bons, a alta da Selic e a falta de investidores estrangeiros dificultam a recuperação do mercado acionário. Analistas sugerem que, com a curva de juros desafiadora, é melhor investir em empresas consideradas defensivas, como as de energia elétrica e bancos.

Os fundos imobiliários (FIIs) também enfrentam dificuldades com a nova alta da Selic. Os fundos que investem em imóveis físicos podem sofrer perdas, enquanto aqueles que aplicam em dívidas podem se beneficiar. A recomendação é priorizar FIIs com rendimento mensal mínimo de 0,85%.

Por fim, o cenário para fundos de investimento não muda muito, mas a renda fixa se torna mais atrativa. Especialistas destacam que, mesmo com a Selic em alta, o investimento no exterior continua sendo uma boa estratégia para diversificação, especialmente em ativos de renda fixa dos Estados Unidos, que oferecem competitividade em relação aos brasileiros.