Ministra Cida Gonçalves se defende de acusações de assédio moral

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou que continuará no cargo, apesar das acusações de assédio moral que surgiram recentemente. As declarações foram feitas na terça-feira (22), após o site Alma Preta divulgar relatos de assédio por parte da ministra e da secretária-executiva do ministério, Maria Helena Guarezi. De acordo com a publicação, dezessete funcionárias e ex-funcionárias relataram episódios de assédio moral.

Entre os relatos, destaca-se o caso de uma secretária que foi demitida por priorizar sua campanha eleitoral em vez de suas funções no ministério. Além disso, há denúncias de racismo envolvendo Maria Helena. Os relatos indicam que o ambiente de trabalho na pasta é considerado tóxico, levando algumas funcionárias a desenvolverem sintomas de burnout, crises de pânico e ansiedade. Desde o início da gestão de Cida, foram registradas 59 demissões no Diário Oficial da União.

Cida Gonçalves declarou que sua permanência no governo depende do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ministério deve divulgar uma nota oficial sobre as acusações em breve. As denúncias estão sendo investigadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), que já solicitou informações à pasta sobre os casos relatados.

Vale lembrar que, em setembro, Cida Gonçalves expressou apoio à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que também denunciou assédio sexual por parte do ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, demitido por Lula. O ministério reafirmou seu compromisso com a eliminação de qualquer forma de violência e assédio contra as mulheres, destacando a importância dos direitos humanos no serviço público.