Patroa do PCC é presa em operação contra o novo cangaço

Elaine Souza Garcia, conhecida como Patroa, foi presa em uma operação da Polícia Federal em São Paulo, acusada de ser uma das líderes de uma quadrilha envolvida no chamado novo cangaço. Essa modalidade de crime é caracterizada por assaltos a bancos e empresas, onde os criminosos dominam as cidades durante as ações. A prisão ocorreu na manhã de terça-feira, 10 de setembro, e faz parte da Operação Baal, que visa combater o crime organizado no estado.

Elaine, que também é estudante de direito, foi filmada treinando com um fuzil sob a orientação de um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). As investigações indicam que ela mantinha conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facilitando a negociação de drogas e armas, além de receber informações sobre assassinatos de rivais.

O marido de Elaine, Delvane Lacerda, conhecido como Pantera, também foi preso e é apontado como um dos responsáveis por expandir as atividades da facção criminosa para o Piauí. Desde 2021, Elaine é considerada membro do PCC e, em agosto deste ano, se tornou ré por associação criminosa.

Durante a operação, a polícia encontrou um arsenal bélico em uma das residências investigadas, incluindo armas e explosivos. A quadrilha é acusada de movimentar grandes quantias de dinheiro, com Elaine supostamente lavando mais de R$ 3 milhões em seis meses, utilizando empresas de fachada para encobrir suas atividades.

A Operação Baal já havia resultado na prisão de outros membros da quadrilha e na apreensão de armas. As investigações começaram após uma tentativa de roubo a uma base de valores em Mato Grosso, onde vários criminosos foram detidos ou mortos em confrontos com a polícia. A ação da polícia é um passo importante no combate ao crime organizado em São Paulo, que tem se mostrado cada vez mais violento e estruturado.