Dólar cai para R$ 5,94 e bolsa registra queda
Dólar atinge menor valor desde novembro de 2022.
Notícia publicada em 22/01/2025 20:47 - #economia
Recentemente, o mercado financeiro brasileiro teve um dia de alívio, especialmente no que diz respeito à cotação do dólar. Nesta quarta-feira, 22 de fevereiro, a moeda norte-americana fechou a R$ 5,946, apresentando uma queda de R$ 0,085, o que representa uma desvalorização de 1,4%. Este é o menor valor que o dólar atingiu desde o final de novembro do ano passado, quando a cotação estava em R$ 5,90.
A queda do dólar foi impulsionada por uma série de fatores, principalmente pela moderação nas tarifas comerciais que foram prometidas pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante sua campanha, Trump havia sinalizado a possibilidade de aumentar as tarifas sobre produtos importados, especialmente da China, mas a ausência de anúncios sobre tarifas para a América Latina trouxe um alívio para os mercados emergentes, incluindo o Brasil.
O dólar começou a operar abaixo de R$ 6 a partir das 10h50 e, durante a tarde, chegou a atingir a mínima de R$ 5,91. Essa movimentação no mercado cambial é um reflexo da confiança dos investidores em relação à economia brasileira, que se beneficia de um cenário internacional mais favorável. Em 2025, a moeda norte-americana já apresenta uma queda acumulada de 3,79%.
Por outro lado, a bolsa de valores brasileira, representada pelo índice Ibovespa, não acompanhou a tendência de queda do dólar e registrou uma leve queda de 0,3%, fechando aos 122.972 pontos. O índice teve um dia de volatilidade, alternando entre altas e baixas, mas acabou consolidando a tendência de baixa no final da tarde, principalmente devido ao desempenho negativo das ações de mineradoras.
A falta de notícias relevantes na economia brasileira também contribuiu para a movimentação do mercado. O dólar foi mais influenciado por fatores externos, especialmente pela política econômica dos Estados Unidos. A decisão de Trump de aplicar tarifas de 10% sobre produtos da China e 25% sobre produtos do México e do Canadá, a partir de 1º de fevereiro, não incluiu menções à América Latina, o que foi visto como um sinal positivo para os países emergentes.
Além disso, os dados econômicos que saíram dos Estados Unidos mostraram percentuais abaixo do esperado, o que diminuiu as pressões sobre a inflação norte-americana. Isso, por sua vez, reduz a necessidade de o Federal Reserve (Fed), que é o Banco Central dos Estados Unidos, aumentar ou congelar as taxas de juros neste ano. Durante a campanha eleitoral, Trump havia prometido tarifas mais altas sobre produtos chineses, mas a atual situação parece indicar uma abordagem mais cautelosa.
As taxas de juros mais baixas em economias avançadas, como a dos Estados Unidos, acabam beneficiando países emergentes como o Brasil. Isso ocorre porque os juros elevados na economia brasileira atraem investimentos financeiros, o que ajuda a reduzir a pressão sobre o dólar e a bolsa de valores. Portanto, a combinação de fatores internos e externos tem um impacto significativo na economia brasileira, refletindo diretamente nas cotações do dólar e no desempenho da bolsa.
Em resumo, o dia foi marcado por uma queda significativa do dólar, que atingiu seu menor valor em meses, enquanto a bolsa de valores enfrentou uma leve queda após três dias de alta. O cenário internacional, especialmente as decisões do novo governo dos Estados Unidos, continua a influenciar o mercado financeiro brasileiro, e os investidores permanecem atentos às próximas movimentações econômicas tanto no Brasil quanto no exterior.