Saúde intensifica campanha contra arboviroses em 2025
Campanha alerta sobre dengue e outras arboviroses.
Notícia publicada em 22/01/2025 11:50 - #saude
O Brasil enfrenta um aumento significativo nos casos de dengue, com mais de 93 mil casos prováveis registrados apenas nas primeiras semanas de 2025. Diante dessa situação alarmante, o Ministério da Saúde decidiu intensificar a campanha de conscientização e combate às arboviroses, que incluem não só a dengue, mas também o Zika e a chikungunya. Até o momento, foram confirmadas 11 mortes pela dengue e outras 104 mortes estão sob investigação.
A campanha tem como objetivo principal alertar a população sobre os sintomas dessas doenças, incentivando as pessoas a procurarem as unidades básicas de saúde (UBS) ao apresentarem sinais como febre, manchas vermelhas no corpo, dores de cabeça e dores atrás dos olhos. Os estados que estão recebendo maior atenção nessa campanha incluem Acre, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Tocantins e o Distrito Federal.
Além de informar sobre os sintomas, a campanha também enfatiza a importância de eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, que é o vetor responsável pela transmissão da dengue e outras arboviroses. O Ministério da Saúde recomenda que a população dedique 10 minutos por semana para verificar e eliminar possíveis focos de reprodução do mosquito em suas residências. O ministério destacou que essa ação é parte de um esforço maior do governo federal para reforçar a vigilância e a prevenção das arboviroses, especialmente durante o período chuvoso, que favorece a proliferação do mosquito.
Outro ponto importante abordado pelo ministério é a vacinação contra a dengue. Embora a vacina Qdenga esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), atualmente ela é oferecida apenas para crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos. O ministério ressalta que a disponibilidade de doses depende do fornecimento pelos fabricantes, o que pode limitar a vacinação em larga escala.
Para coordenar as ações de combate à dengue e outras arboviroses, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, criou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue). Este centro tem como objetivo planejar e responder a surtos de forma eficaz, promovendo um diálogo constante com estados, municípios, pesquisadores e instituições científicas. Entre as ações planejadas, está a antecipação ao período sazonal da dengue, visando adequar as redes de saúde e mitigar riscos para evitar novos casos e óbitos.
Dados do ministério indicam que, para 2025, há uma previsão de aumento na incidência de casos de dengue em pelo menos seis estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. Esses estados estão sendo monitorados de forma mais rigorosa para garantir uma resposta rápida e eficaz.
Na busca por alinhar estratégias e ações de controle da dengue e outras arboviroses, Nísia Trindade se reuniu com representantes de diversos setores, incluindo conselhos, sociedade civil, sindicatos e instituições de saúde. Essa reunião, realizada no dia 22 de janeiro, é uma medida do Ministério da Saúde para articular ações estratégicas e monitorar o cenário epidemiológico em todo o país.
Entre os participantes da reunião estavam representantes de conselhos profissionais, como o Conselho Federal de Medicina, o Conselho Federal de Enfermagem, e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, além de associações de municípios e sindicatos de trabalhadores. Essa articulação é fundamental para garantir que todos os setores da sociedade estejam envolvidos no combate às arboviroses e na proteção da saúde pública.
Com a intensificação da campanha e a mobilização de diferentes setores, o Ministério da Saúde espera não apenas controlar a disseminação da dengue, mas também aumentar a conscientização da população sobre a importância da prevenção e do cuidado com a saúde. A colaboração de todos é essencial para enfrentar esse desafio e proteger a saúde da população brasileira.