Governo de São Paulo apresenta funcionamento do Conselho de Mudanças Climáticas

Governo paulista detalha funcionamento do conselho.

Governo de São Paulo apresenta funcionamento do Conselho de Mudanças Climáticas

Notícia publicada em 22/01/2025 14:17 - #meio_ambiente


O governo do estado de São Paulo anunciou, em uma coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, como funcionará o novo Conselho Estadual de Mudanças Climáticas. Este conselho tem um papel consultivo, ou seja, ele não pode tomar decisões, mas servirá como um canal de comunicação entre o governo estadual, as prefeituras, universidades públicas e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

A criação desse conselho já estava prevista desde 2009, quando foi lançada a Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC) durante o governo de José Serra. No entanto, o modelo do conselho foi revisado em 2024, com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 20% até 2020. Essa meta, embora não tenha sido alcançada, continua a ser um foco importante para o governo.

O novo conselho será composto por 18 membros, incluindo representantes da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma) e das regiões metropolitanas de São Paulo e da Baixada Santista. O principal objetivo desse grupo será acompanhar a implementação da Política Estadual de Mudanças Climáticas, garantindo que as diretrizes sejam seguidas e que as ações necessárias sejam realizadas.

A coordenação do conselho ficará a cargo da Casa Civil do estado. O governo informou que este novo conselho funcionará em conjunto com o Conselho Gestor da Política Estadual de Mudanças Climáticas, que é formado apenas por representantes do governo e tem a autoridade para definir diretrizes e tomar decisões.

Emissão de Gases e Qualidade do Ar

Durante a apresentação, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, destacou que os setores que mais contribuem para a poluição do ar em São Paulo são o de transportes e o de energia. Segundo ela, o setor de transportes é o maior responsável, emitindo 33% dos gases de efeito estufa. O setor de energia vem em segundo lugar, com 25%, seguido pela agropecuária, que representa 23% das emissões. Os resíduos e efluentes são responsáveis por 10% e a indústria por apenas 3%.

Natália Resende enfatizou a importância de se dar atenção ao problema dos resíduos que a população gera, pois muitos deles poderiam ser reaproveitados se fossem destinados corretamente. Ela afirmou: "É isso que a gente faz: olha a cadeia como um todo". Isso significa que o governo está buscando soluções que considerem todo o ciclo de vida dos produtos, desde a produção até o descarte.

O governo também apresentou dois aspectos que serão considerados nas ações do conselho: as medidas de mitigação e as de adaptação. As ações de mitigação estão ligadas ao Plano de Ação Climática 2050 (PAC 2050), que foi elaborado em parceria com a GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit) e lançado em 2022. O PAC 2050 tem como meta reduzir em 79% as emissões projetadas para o ano de 2050, passando de 213 megatoneladas de dióxido de carbono equivalente (Mt CO2e) para 45 Mt CO2e.

Além disso, o PAC 2050 prevê uma redução de 12% nas emissões entre 2021 e 2030. Uma das estratégias mencionadas para alcançar essas metas é o Finaclima-SP, um mecanismo criado em 2024 que utiliza recursos privados para financiar projetos que visam tanto a mitigação das mudanças climáticas quanto a manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos.

Essas iniciativas são fundamentais para que o estado de São Paulo possa enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e melhorar a qualidade do ar, beneficiando a saúde da população e o meio ambiente. O governo paulista espera que, com a colaboração de diversos setores da sociedade, seja possível avançar nas metas de sustentabilidade e proteção ambiental.


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