Custo elevado do evento G-20 no Rio de Janeiro
Eventos do G-20 custaram mais que a cúpula.
Notícia publicada em 20/01/2025 17:40 - #politica
A cúpula do G-20, realizada no Rio de Janeiro em novembro do ano passado, teve um custo muito maior do que o esperado. Eventos paralelos, como o G-20 Social e o festival de música chamado de "Janjapalooza", custaram R$ 83,45 milhões. Esse valor foi financiado por estatais como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNDES e a Petrobras, que doaram até R$ 18,5 milhões cada uma para a organização do evento.
A primeira-dama, Rosângela Silva, conhecida como Janja, teve um papel de destaque nesses eventos, que foram criticados por desviarem o foco da cúpula principal. O festival "Janjapalooza" foi especialmente alvo de piadas, comparando-o ao famoso Lollapalooza, e levantou questões sobre a utilização de recursos públicos para fins pessoais e partidários.
Os documentos obtidos pelo Estadão mostram que o festival custou R$ 28,3 milhões, enquanto o G-20 Social teve um orçamento de R$ 27,2 milhões. Em contraste, a própria cúpula do G-20 custou apenas R$ 13 milhões. Essa discrepância gerou críticas sobre a gestão pública e a forma como os recursos estão sendo utilizados.
Além disso, a relação próxima de Janja com a Organização dos Estados Ibero-americanos, que organizou o evento, levanta preocupações sobre a promiscuidade entre interesses públicos e privados. A primeira-dama foi convidada a trabalhar na organização logo após a posse de seu marido, o presidente Lula da Silva.
Esses eventos, que deveriam promover o Brasil no cenário internacional, acabaram se tornando uma vitrine para interesses pessoais, evidenciando a fragilidade da gestão pública e a necessidade de um governo que priorize o bem comum em vez de projetos pessoais ou partidários.