Dólar cai para R$ 6,04 no dia da posse de Trump

Na segunda-feira, 20 de janeiro, o dólar comercial teve um fechamento em queda, cotado a R$ 6,041, o que representa uma diminuição de R$ 0,024 ou 0,4% em relação ao dia anterior. Este movimento ocorreu no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou posse. O dia começou com o dólar em alta, alcançando R$ 6,09 logo pela manhã, mas essa tendência foi revertida após a abertura do mercado norte-americano.

Essa queda do dólar foi a primeira após duas altas consecutivas. No mês de janeiro, a moeda americana já havia registrado uma queda acumulada de 2,25%. Essa oscilação no valor do dólar é um reflexo das expectativas do mercado em relação às políticas econômicas do novo governo dos Estados Unidos.

Por outro lado, o mercado de ações brasileiro também apresentou movimentações significativas. O índice Ibovespa, que representa a bolsa de valores do Brasil, fechou o dia em 122.855 pontos, com uma alta de 0,41%. Essa valorização foi impulsionada principalmente pelas ações de empresas do setor de petróleo e bancos, que tiveram um desempenho positivo.

A queda do dólar não foi uma situação isolada, pois a moeda americana também recuou em outros países. O discurso de posse de Trump não trouxe surpresas, especialmente em relação à falta de detalhes sobre possíveis aumentos nas tarifas comerciais, o que acabou beneficiando os países emergentes, incluindo o Brasil.

No Brasil, uma das ações que ajudou a reduzir o valor do dólar foi a venda de US$ 2 bilhões das reservas internacionais pelo Banco Central (BC), com um compromisso de recompra. Essa foi a primeira intervenção do Banco Central no mercado de câmbio desde a posse de seu novo presidente, Gabriel Galípolo. Essa medida foi vista como uma tentativa de estabilizar a moeda e evitar uma desvalorização excessiva do real.

Para o dia seguinte, terça-feira, 21 de janeiro, o Banco Central não anunciou novas intervenções no câmbio. Em dezembro do ano anterior, a autoridade monetária havia vendido um total de US$ 32,59 bilhões em um esforço para conter a desvalorização do real, que havia sido bastante acentuada.

Esses movimentos no mercado financeiro refletem a dinâmica complexa entre as políticas econômicas dos Estados Unidos e a resposta do mercado brasileiro. A expectativa em relação ao governo de Trump e suas políticas comerciais continua a influenciar o comportamento do dólar e, consequentemente, o mercado de ações no Brasil.

Os investidores estão atentos às próximas declarações e ações do novo governo americano, que podem impactar diretamente a economia global e, por extensão, a economia brasileira. A relação entre o Brasil e os Estados Unidos é crucial, e qualquer mudança nas políticas comerciais pode ter repercussões significativas para ambos os países.

Em resumo, o dia da posse de Donald Trump foi marcado por uma queda no valor do dólar e uma leve alta na bolsa de valores brasileira, refletindo a expectativa do mercado em relação ao novo governo e suas políticas econômicas. O Banco Central do Brasil também desempenhou um papel importante nesse cenário, utilizando suas reservas internacionais para tentar estabilizar a moeda nacional.