Israel analisa acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza

Nesta sexta-feira, 17 de novembro, o governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, se prepara para discutir um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. O gabinete de segurança se reunirá para avaliar a proposta, que também será submetida a uma votação no conselho de ministros, que inclui todos os membros do governo.

O comunicado do governo israelense destaca que Netanyahu expressou sua gratidão à equipe de negociação e a todos que contribuíram para o processo. Além disso, as famílias dos reféns que estão sob a custódia do Hamas foram orientadas a se preparar para a possível volta de seus entes queridos. O governo enfatizou seu compromisso em alcançar todos os objetivos da guerra, incluindo o retorno de todos os reféns, tanto os vivos quanto os mortos.

Em um segundo comunicado, o governo informou que, enquanto aguarda a aprovação do acordo, a libertação dos reféns será realizada conforme o plano estabelecido, com a expectativa de que os reféns sejam libertados no domingo, 19 de novembro.

No entanto, nem todos no governo estão de acordo com o acordo proposto. O ministro da Segurança Pública, Itamar Ben-Gvir, anunciou que votará contra o acordo e que deixará o governo se ele for aprovado. Em suas palavras, ele expressou seu apoio a Netanyahu, mas criticou o acordo, afirmando que ele é desastroso e que resultaria na libertação de centenas de terroristas.

O acordo de cessar-fogo prevê uma trégua inicial de seis semanas, durante a qual as forças israelenses se retirariam gradualmente da Faixa de Gaza. Em troca, o Hamas liberaria 33 reféns que mantém em cativeiro, enquanto Israel libertaria palestinos que estão presos. A última fase do acordo inclui discussões sobre a formação de um governo alternativo em Gaza e planos para a reconstrução da região.

Apesar do anúncio do cessar-fogo, que foi mediado por autoridades do Catar e dos Estados Unidos, Israel continuou a realizar bombardeios na Faixa de Gaza. Desde o anúncio da trégua, as autoridades locais relataram que mais de 100 pessoas perderam a vida devido aos ataques. As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que, em um período de 24 horas, realizaram ataques a 50 alvos na Faixa de Gaza, todos relacionados ao Hamas e à Jihad Islâmica.

A situação na Faixa de Gaza continua tensa, e a expectativa em torno do acordo de cessar-fogo é alta, especialmente para as famílias dos reféns. O governo israelense está sob pressão para garantir a segurança de seus cidadãos e, ao mesmo tempo, lidar com as complexidades da situação política e militar na região. O desfecho das votações e a implementação do acordo poderão ter um impacto significativo na dinâmica do conflito e nas relações entre Israel e os grupos palestinos.