Queda no preço das passagens aéreas no Brasil em 2024
Passagens aéreas no Brasil caem 5,1% em 2024.
Notícia publicada em 16/01/2025 15:33 - #economia
O preço médio das passagens aéreas no Brasil teve uma queda significativa de 5,1% em 2024, em comparação com o ano anterior. O valor médio das tarifas ficou em R$ 631,16. Essa informação foi divulgada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante um café da manhã com jornalistas no dia 16 de fevereiro. O ministro destacou que essa redução é ainda mais notável quando se observa o cenário internacional, onde as tarifas aéreas aumentaram em 15%.
De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mais da metade das passagens aéreas, cerca de 50,8%, foram vendidas por valores abaixo de R$ 500. O cálculo do preço médio das passagens é feito pela Anac com base em todas as passagens efetivamente vendidas pelas companhias aéreas que operam voos regulares no Brasil. Essa metodologia exclui apenas as passagens que são vendidas com descontos que não estão disponíveis para todos os consumidores.
A Anac explicou que essa abordagem é importante para capturar todas as variações de preços que ocorrem ao longo do mês, já que os valores das tarifas podem mudar várias vezes, até mesmo no mesmo dia. O ministro também mencionou que a queda no preço das passagens coincide com a maior taxa de ocupação das aeronaves desde 2002, que atingiu 84%.
Programa Voa Brasil
O ministro também falou sobre o programa Voa Brasil, que foi criado para incentivar os aposentados do INSS a viajar pelo Brasil, promovendo a inclusão social no setor de aviação. Ele observou que, embora o programa tenha como objetivo oferecer passagens a preços acessíveis, com valores de até R$ 200 por trecho, seu impacto ainda é pequeno, pois muitas pessoas, especialmente aquelas que vivem em áreas rurais, ainda não conhecem a iniciativa. Para aumentar a conscientização, o ministério planeja lançar campanhas publicitárias.
É importante ressaltar que o foco do Voa Brasil não é apenas a redução dos preços das passagens, mas sim a inclusão dos idosos no mercado de turismo. O ministério informou que o programa já possibilitou que cerca de 200 aeronaves fossem utilizadas por aposentados em viagens pelo país.
Desafios do setor de aviação
Silvio Costa Filho também expressou preocupação com a falta de aeronaves disponíveis no mercado, um problema que se agravou durante a pandemia. Ele afirmou que a ampliação da oferta de voos e a redução dos preços das passagens estão diretamente ligadas à disponibilidade de aeronaves. A escassez de aviões impactou os preços internacionais, uma vez que a entrega de novas aeronaves pode levar de quatro a cinco anos. Além disso, a produção anual de aeronaves caiu nos três anos seguintes à pandemia, resultando em uma inflação de 15% nas tarifas aéreas em todo o mundo.
Essas informações revelam um cenário complexo para o setor de aviação no Brasil e no exterior. Enquanto os preços das passagens aéreas no Brasil estão em queda, a situação global é diferente, com aumentos significativos nas tarifas. O governo brasileiro, por meio do ministério, está buscando maneiras de melhorar a situação, especialmente para os aposentados, ao mesmo tempo em que enfrenta desafios relacionados à oferta de aeronaves e à recuperação do setor após a pandemia.