Policiais são investigados por montar bar com dinheiro do PCC

Investigação apura bar ligado a policiais e PCC.

Notícia publicada em 16/01/2025 17:10 - #política


A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo está investigando uma denúncia de que dois policiais militares criaram um bar na capital paulista com dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo o inquérito, os PMs teriam recebido pagamentos para vazar informações sobre operações policiais para membros da facção criminosa.

O bar, conhecido como Rota's Bar, estaria localizado no Jardim Brasília, na Zona Leste de São Paulo. Os policiais envolvidos são um cabo que atuava no setor de inteligência da Rota, uma unidade de elite da PM, e outro cabo do 8º Batalhão. Embora não sejam formalmente os proprietários do bar, a investigação sugere que um amigo deles seria o verdadeiro dono.

A denúncia, que levou à abertura do inquérito em outubro de 2024, aponta que os PMs teriam recebido quantias significativas de membros do PCC em troca de informações sigilosas. Entre os criminosos mencionados estão Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, Claudio Marcos de Almeida, o Django, e Silvio Luiz Ferreira, o Cebola. O inquérito revela que um dos policiais filtrava informações sobre operações que poderiam prejudicar os negócios da facção.

O bar foi inaugurado em 2018, mas teve seu CNPJ encerrado em 2022. Um novo bar, com outro nome, foi aberto na mesma região, levantando suspeitas sobre o aumento do poder aquisitivo dos PMs. A Corregedoria ainda não conseguiu contato com os proprietários do estabelecimento, que informaram nas redes sociais que estão realizando manutenções e retornarão em breve.

Além disso, a investigação também está ligada ao assassinato do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, que era delator do PCC e foi morto no Aeroporto Internacional de São Paulo. Gritzbach tinha conexões com os membros da facção e estava envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro para o PCC.


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