Professor da USP é acusado de assédio sexual por ex-alunos
Denúncias de assédio contra professor da USP.
Notícia publicada em 16/01/2025 08:31 - #sociedade_comportamento
A Universidade de São Paulo (USP) está investigando o professor Alysson Mascaro após denúncias de assédio sexual feitas por ex-alunos. As acusações surgiram em um relatório que foi enviado à Procuradoria-Geral da instituição, que decidirá se um Processo Administrativo Disciplinar será aberto contra o docente.
As denúncias foram feitas por quatro ex-alunos que relataram situações desconfortáveis, como abraços prolongados e tentativas de beijos. Os relatos indicam que o professor iniciava conversas prometendo orientação acadêmica, mas rapidamente mudava o tom para mensagens mais íntimas. A sindicância interna foi instaurada em dezembro de 2024, e o professor foi afastado por 60 dias devido a "fortes indícios de materialidade dos fatos".
Os alunos afirmam que os episódios de assédio ocorreram entre 2006 e 2024, e a defesa de Mascaro nega as acusações, alegando que os relatos não têm fundamento e que surgiram em um contexto de calúnias. Até o momento, não há investigações formais da Polícia Civil ou do Ministério Público sobre o caso, embora o professor tenha registrado um boletim de ocorrência por difamação.
Os relatos dos ex-alunos são semelhantes e descrevem um padrão de comportamento do professor, que os convidava para sua casa sob a justificativa de discussões acadêmicas, mas acabava por criar situações de assédio. Um dos ex-alunos relatou que, ao visitar o professor, ele fez comentários inapropriados e tentou forçar um contato físico.
A mobilização para investigar o caso começou após a publicação das denúncias, e um grupo de ex-alunos se organizou para solicitar a apuração interna. A USP já afastou Mascaro e aguarda o parecer da Procuradoria-Geral para decidir os próximos passos. Se o processo for aberto, ele poderá enfrentar sanções severas, incluindo a demissão.