Moldova elege presidente em meio a interferências russas

Moldova realizou recentemente uma eleição presidencial, onde Maia Sandu, a atual presidente pró-União Europeia, foi reeleita em um resultado apertado. Ela obteve 55% dos votos no segundo turno, superando o ex-procurador Alexandr Stoianoglu. No entanto, a vitória de Sandu foi marcada por alegações de interferência russa, que, segundo ela, foi sem precedentes durante a campanha.

Após a eleição, vozes pró-Kremlin na Rússia começaram a questionar a legitimidade do resultado. Konstantin Kosachev, um alto funcionário do parlamento russo, criticou a organização da votação, sugerindo que a Moldávia favoreceu eleitores no exterior que apoiavam Sandu, enquanto os cidadãos na Rússia teriam menos oportunidades de votar. Outro senador, Andrey Klishas, insinuou que houve manipulação nos votos da diáspora, que foram cruciais para a vitória de Sandu.

A Rússia nega as acusações de interferência, mas há um histórico de tentativas de influenciar a política moldava, especialmente em relação ao desejo do país de se aproximar da União Europeia. A Moldávia já enfrenta desafios com a presença militar russa na região da Transnistria, que é uma república não reconhecida e que faz fronteira com a Ucrânia. Essa situação levanta preocupações sobre as intenções da Rússia na região.

O presidente dos EUA, Joe Biden, parabenizou Sandu e afirmou que a Rússia falhou em suas tentativas de desestabilizar a democracia moldava. Contudo, a vitória apertada de Sandu e as próximas eleições parlamentares em 2025 indicam que a pressão russa pode continuar. Sandu, em seu discurso de vitória, prometeu ser a presidente de todos os moldavos, reconhecendo as divisões no país e a necessidade de unir a população.