Amil é condenada a indenizar família por erro médico em parto

A Justiça de São Paulo decidiu que a Amil, uma operadora de planos de saúde, deve pagar R$ 700 mil à família de um menino que sofreu um erro médico durante o parto, ocorrido em 2016 no Hospital Next Saúde, em Guarulhos. O garoto apresenta danos neurológicos irreversíveis, não consegue andar, falar e enfrenta sérias dificuldades visuais, além de ter sido diagnosticado com microcefalia e epilepsia sintomática.

A indenização inclui valores por danos materiais, morais e estéticos, além de uma pensão vitalícia equivalente a um salário mínimo para o menino e outra para a mãe, que teve que deixar seu emprego para cuidar dele. O juiz Claudio Antonio Marquesi, responsável pelo caso, afirmou que um laudo pericial confirmou que o problema do garoto foi causado pela demora na identificação de uma complicação durante o parto, o que atrasou a realização da cesárea.

Na sentença, o juiz destacou que não se tratou de um mero infortúnio, mas sim de uma conduta inadequada da equipe médica. A Amil, por sua vez, declarou que não tem responsabilidade sobre o ocorrido, argumentando que, como operadora de plano de saúde, não realiza procedimentos médicos, apenas cobre os custos. A empresa ainda pode recorrer da decisão judicial.