Chineses expressam preocupações sobre eleições nos EUA

Na China, a expectativa em relação às eleições nos Estados Unidos é alta, com muitos cidadãos expressando preocupações sobre o futuro das relações entre os dois países. Em um parque em Pequim, idosos como Xiang, que dança com amigos, comentam que não desejam ver uma guerra. As tensões entre os EUA e a China, especialmente em relação a Taiwan e comércio, estão em alta, e a possibilidade de um conflito preocupa a população.

Meng, um homem na casa dos 70 anos, acredita que Donald Trump seria uma escolha melhor, pois, segundo ele, o ex-presidente não busca iniciar guerras, ao contrário de Joe Biden, que, na visão de Meng, está mais envolvido em conflitos internacionais. A opinião de Meng é compartilhada por outros, que veem Trump como alguém que, apesar de suas sanções econômicas, não deseja um confronto militar.

Por outro lado, há quem veja Kamala Harris como uma incógnita. Alguns acreditam que ela poderia trazer mais estabilidade nas relações com a China, especialmente em relação a Taiwan, que é uma questão sensível. Um pai que passeava com seu filho expressou seu receio de que as diferenças entre os dois países possam levar a um conflito, afirmando que não quer que seu filho vá para a guerra.

A China também está atenta ao papel dos EUA em conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia, criticando o apoio americano a Israel e a postura de Biden em relação à guerra na Ucrânia. A população jovem, por sua vez, se mostra interessada em intercâmbios culturais e na possibilidade de estudar nos EUA, apesar das tensões.

Enquanto isso, a mídia estatal chinesa continua a promover uma narrativa de orgulho nacional, destacando a força econômica da China. A expectativa é que as eleições nos EUA possam impactar não apenas a política interna americana, mas também as relações internacionais, especialmente entre as duas superpotências.