Eleições no Uruguai: Segundo turno entre esquerda e centro-direita

Os cidadãos do Uruguai foram às urnas neste domingo para as eleições gerais, onde a disputa principal ocorreu entre a Frente Ampla, de esquerda, e o Partido Nacional, de centro-direita. Com uma participação de 89% dos eleitores, as projeções indicam que será necessário um segundo turno, marcado para o dia 24 de novembro, para decidir quem será o próximo presidente do país.

Os resultados preliminares mostraram que Yamandú Orsi, da Frente Ampla, obteve 44% dos votos, enquanto Álvaro Delgado, do Partido Nacional, ficou com 27%. O terceiro colocado, Andrés Ojeda, do Partido Colorado, recebeu 16% dos votos. Para que um candidato fosse eleito no primeiro turno, seria necessário obter mais de 50% dos votos válidos.

Em um discurso otimista, Orsi celebrou a democracia e destacou a importância da participação popular na construção da história do país. Por outro lado, Delgado enfatizou sua experiência como ex-secretário da Presidência, afirmando que está preparado para governar desde o primeiro dia.

Além da escolha do presidente, os eleitores também votaram em duas propostas de mudanças constitucionais. Uma delas, apoiada pelo governo, visa autorizar operações policiais em residências durante a noite. A outra, defendida pela oposição, propõe a redução da idade mínima para aposentadoria de 65 para 60 anos, além de outras mudanças no sistema previdenciário. Economistas alertam que essa proposta pode custar cerca de R$ 5 bilhões anuais ao governo, o que poderia impactar negativamente as finanças do país.

Apesar das tensões em torno das propostas, a disputa eleitoral no Uruguai se manteve tranquila, com os candidatos se comprometendo a respeitar os resultados das eleições. Essa estabilidade é vista como um ponto positivo em um cenário latino-americano marcado por incertezas políticas.