Moldávia vota a favor da adesão à União Europeia

Os cidadãos da Moldávia decidiram, em um referendo recente, apoiar a adesão do país à União Europeia. Com mais de 99% dos votos contabilizados, 50,4% dos eleitores optaram por incluir na constituição um caminho para a integração europeia. A presidente Maia Sandu destacou que essa votação representa uma vitória significativa na luta do país por um futuro mais próximo da Europa, em contraste com a influência da Rússia.

Apesar do resultado positivo, a margem de vitória foi menor do que o esperado, o que pode ser um sinal de alerta para Sandu, que esperava um apoio mais robusto. Além disso, a presidente também está enfrentando uma eleição presidencial no mesmo dia, onde obteve 42,3% dos votos, liderando a corrida, mas ainda precisará enfrentar um segundo turno contra Alexandr Stoianoglo, do Partido Socialista, que recebeu 26,1% dos votos.

Sandu denunciou a interferência de grupos estrangeiros, alegando que houve tentativas de manipulação do processo eleitoral, incluindo a compra de votos. Ela afirmou que existem evidências de que uma rede ligada ao Kremlin, liderada pelo oligarca moldavo exilado Ilan Shor, estava tentando influenciar os resultados do referendo. Shor chegou a oferecer dinheiro aos eleitores para que votassem contra a adesão à UE.

A votação foi marcada por uma forte participação da diáspora moldava, que, em sua maioria, é favorável à integração europeia. Essa mobilização foi crucial para garantir a vitória do "sim" na votação. A Moldávia, que tem enfrentado desafios significativos desde sua independência da União Soviética, busca agora um caminho mais claro em direção à Europa, especialmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia, que alterou a percepção dos moldavos sobre a influência russa.

Embora a Moldávia tenha avançado em sua busca por adesão à UE, a questão da Transnístria, uma região separatista com presença militar russa, continua a ser um obstáculo significativo para a integração completa do país à União Europeia.