Rassemblement National (partido)
O Rassemblement National (RN), anteriormente conhecido como Front National (FN), é um partido político francês de extrema-direita, fundado em 5 de outubro de 1972. O partido foi criado por Jean-Marie Le Pen e, ao longo de sua história, tornou-se um dos principais representantes da direita nacionalista na França. O RN é conhecido por suas posições anti-imigração, eurocéticas e nacionalistas, além de defender a segurança e a identidade cultural francesa.
História
O Front National foi fundado em um contexto de crescente descontentamento com a imigração e a globalização na França. Desde sua fundação, o partido buscou atrair eleitores desiludidos com os partidos tradicionais. Jean-Marie Le Pen, seu fundador, foi uma figura polêmica, frequentemente envolvido em controvérsias devido a declarações consideradas racistas e xenofóbicas.
Em 2011, a liderança do partido foi passada para Marine Le Pen, filha de Jean-Marie Le Pen. Sob sua liderança, o partido passou por um processo de "demonização", buscando suavizar sua imagem e atrair um eleitorado mais amplo. Em 2018, o partido foi renomeado para Rassemblement National, refletindo essa nova estratégia de imagem e a tentativa de se distanciar de seu passado mais radical.
Ideologia
O Rassemblement National defende uma série de políticas que incluem:
- Nacionalismo: O partido enfatiza a importância da soberania nacional e a proteção da identidade cultural francesa.
- Anti-imigração: O RN é conhecido por suas propostas rigorosas de controle da imigração, incluindo a redução do número de imigrantes e a deportação de imigrantes ilegais.
- Euroceticismo: O partido critica a União Europeia, defendendo a saída da França do euro e a recuperação de poderes que, segundo eles, foram transferidos para Bruxelas.
- Segurança: O RN propõe um aumento significativo no orçamento para segurança e defesa, além de medidas mais severas contra o crime.
Resultados Eleitorais
O Rassemblement National tem obtido resultados significativos em várias eleições. Nas eleições europeias de 2014, o partido conquistou 24,86% dos votos, tornando-se o partido mais votado na França. Em 2017, Marine Le Pen chegou ao segundo turno das eleições presidenciais, obtendo 33,9% dos votos contra Emmanuel Macron. Nas eleições municipais de 2020, o RN também teve um desempenho notável, conquistando várias prefeituras em cidades importantes.
Críticas e Controvérsias
O partido enfrenta críticas constantes de diversos setores da sociedade, incluindo acusações de racismo, xenofobia e antissemitismo. A retórica do RN é frequentemente comparada à de outros partidos de extrema-direita na Europa, levando a debates acalorados sobre a legitimidade de suas propostas e a natureza de sua ideologia. A mudança de nome e a tentativa de rebranding sob a liderança de Marine Le Pen foram vistas como uma estratégia para mitigar essas críticas, embora muitos críticos ainda considerem o partido como uma força divisiva na política francesa.
Presença Internacional
O Rassemblement National é parte de uma tendência mais ampla de ascensão de partidos de extrema-direita na Europa. O partido mantém relações com outros grupos nacionalistas e populistas em todo o continente, buscando fortalecer laços e promover uma agenda comum que desafie o establishment político tradicional.