Hegseth pagou $50 mil a mulher que o acusou de assédio

Pete Hegseth, indicado por Donald Trump para o cargo de secretário de Defesa, admitiu ter pago $50.000 à mulher que o acusou de assédio sexual em 2017. Essa informação foi revelada em respostas que Hegseth forneceu a um senador durante seu processo de confirmação, conforme documentos obtidos pela Associated Press.

As respostas foram enviadas à senadora Elizabeth Warren, que fez perguntas adicionais sobre o caso. O advogado de Hegseth, Timothy Parlatore, não comentou sobre o valor do pagamento, que era desconhecido até então. Em novembro, Parlatore já havia confirmado que um acordo financeiro foi feito, e Hegseth se defendeu dizendo que foi "falsamente acusado" e que foi completamente inocentado.

A revelação do pagamento ocorreu enquanto o Senado avançava com a indicação de Hegseth, que enfrenta críticas de democratas e até de alguns republicanos. Além das acusações de assédio, Hegseth também foi acusado de excesso de bebida e de ser abusivo com sua segunda esposa, o que ele nega.

Durante a audiência de confirmação, Hegseth foi questionado sobre um depoimento de sua ex-esposa, Samantha Hegseth, que teria afirmado que ele tinha problemas com álcool. A senadora Jack Reed expressou preocupações sobre a qualidade da investigação do FBI sobre Hegseth, afirmando que as informações recebidas eram alarmantes e incomuns para um processo de confirmação.

O pagamento de $50.000 foi feito anos após a mulher ter denunciado Hegseth à polícia, alegando que ele a assediou em um hotel na Califórnia. Hegseth, por sua vez, alegou que a relação foi consensual. A polícia não encontrou evidências suficientes para apresentar acusações, e o caso foi arquivado em 2018 por falta de provas.

A situação de Hegseth continua a gerar controvérsias enquanto o Senado se prepara para votar sua confirmação.