Haddad propõe regulamentação para reduzir custos de alimentação

Ministro fala sobre portabilidade de vales-refeição.

Haddad propõe regulamentação para reduzir custos de alimentação

Notícia publicada em 23/01/2025 20:50 - #economia


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez declarações importantes sobre a possibilidade de reduzir os preços dos alimentos no Brasil. Durante uma coletiva de imprensa, ele destacou que a regulamentação de uma lei de 2022, que permite a portabilidade dos vales-refeição e alimentação, pode ser uma solução para baratear o custo da comida. Essa portabilidade permitirá que os trabalhadores escolham a empresa que gerencia seus cartões, ao invés de serem obrigados a usar a que a empresa contratante definiu.

Haddad explicou que atualmente as administradoras de cartões cobram taxas que variam de 1,5% a 3% sobre as transações. Com a maior concorrência entre as bandeiras de vale-refeição e alimentação, espera-se que essas taxas diminuam, o que, em teoria, resultaria em preços mais baixos tanto em restaurantes quanto em supermercados. A lei também determina que as máquinas de cartão devem aceitar todas as bandeiras, ao invés de serem limitadas a estabelecimentos específicos.

O ministro enfatizou que a alimentação fora de casa é tão importante quanto a compra de alimentos em supermercados. Ele acredita que, ao regular melhor a portabilidade, os trabalhadores terão mais poder de escolha e poderão fazer valer seus direitos em relação aos benefícios que recebem. Isso, segundo ele, pode levar a uma redução nos preços dos alimentos.

A regulamentação da portabilidade dos vales-refeição e alimentação depende do Banco Central, que seguirá as diretrizes do Conselho Monetário Nacional (CMN). Haddad mencionou que uma reunião do CMN que estava prevista para ocorrer nesta quinta-feira foi cancelada, pois não havia temas a serem discutidos.

Além disso, Haddad se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros para discutir medidas que possam ajudar a reduzir os preços dos alimentos. Ele deixou claro que o governo não pretende usar recursos do Orçamento para subsidiar os preços, afirmando que essa não é uma solução viável. Segundo ele, o aumento nos preços dos alimentos, especialmente de itens como leite, café, carne e frutas, está relacionado ao mercado internacional e à cotação das commodities.

O ministro também comentou sobre a queda do dólar e a expectativa de uma nova safra recorde de produtos agrícolas, que podem contribuir para a redução dos preços. Ele desmentiu rumores de que o governo estaria planejando usar recursos públicos para intervir no mercado de alimentos, afirmando que isso é uma especulação que interessa a alguns grupos que desejam ver o dólar subir.

Haddad ressaltou que qualquer mudança na política pública precisa passar por um processo que envolve o presidente, ministros e o Congresso, e não pode ser decidida de forma unilateral. Ele reafirmou que o foco do governo é encontrar soluções que não dependam de subsídios, mas que promovam a concorrência e a eficiência no mercado.

A próxima reunião entre Haddad e Lula está agendada para esta sexta-feira, onde continuarão a discutir estratégias para enfrentar o desafio dos preços altos dos alimentos. O ministro acredita que, com as medidas certas, é possível melhorar a situação e garantir que os trabalhadores tenham acesso a uma alimentação mais acessível e de qualidade.


Wiki: Fernando Haddad (político)
Fernando Haddad é um político brasileiro, advogado e professor universitário, conhecido por sua atuação no Partido dos Trabalhadores (PT). Nascido em 25 de janeiro de 1963, em São Paulo, Haddad se formou em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e obteve um mestrado em Economia e doutorado ... Ver wiki completa