Mônica Lima e Souza é a nova diretora do Arquivo Nacional
Historiadora assume a direção do Arquivo Nacional.
Notícia publicada em 23/01/2025 19:05 - #cultura
A historiadora Mônica Lima e Souza foi escolhida para ser a nova diretora-geral do Arquivo Nacional, com a posse marcada para a primeira semana de fevereiro. Mônica já ocupa um cargo importante na instituição, onde é coordenadora-geral de Articulação de Projetos e Internacionalização. Ela substituirá Ana Flávia Magalhães Pinto, que pediu exoneração do cargo.
Mônica é uma profissional com uma sólida formação acadêmica. Ela é professora do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro e possui um mestrado em Estudos da África pelo El Colegio de México. Além disso, Mônica tem um doutorado em História Social pela Universidade Federal Fluminense. Essa experiência a torna uma escolha qualificada para liderar o Arquivo Nacional, uma instituição que desempenha um papel crucial na preservação da memória e da história do Brasil.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que supervisiona o Arquivo Nacional, divulgou uma nota destacando que Mônica assume a missão de continuar o trabalho de preservação da memória nacional. A nota enfatiza a importância de valorizar o Arquivo Nacional e seus servidores, além de fortalecer a cultura de integridade dentro da instituição.
A ministra da Gestão, Esther Dweck, também expressou seu agradecimento pelo trabalho realizado por Ana Flávia Magalhães Pinto durante seu tempo à frente do Arquivo Nacional. Nos últimos dois anos, a gestão de Ana Flávia foi marcada pela retomada de projetos significativos, como a Semana Nacional do Arquivo e a iniciativa Memória do Mundo, promovida pela Unesco. Além disso, houve um aumento nas parcerias tanto nacionais quanto internacionais, e um planejamento estratégico que ajudou a fortalecer os arquivos comunitários. A implementação de iniciativas como o Festival Arquivo em Cartaz também ampliou o alcance dos projetos da instituição.
Em uma carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Associação Nacional dos Servidores do Arquivo Nacional fez um apelo para que a nova direção-geral seja ocupada por alguém que realmente compreenda a importância do Arquivo Nacional. A associação destacou que é fundamental que o novo diretor tenha a capacidade de formular um projeto político-institucional que recupere o protagonismo da instituição e que esteja aberto ao diálogo com os servidores e entidades representativas da área arquivística. Além disso, a carta enfatizou a necessidade de um compromisso no combate ao assédio moral dentro da instituição.
O Arquivo Nacional foi fundado em 1838, durante o período regencial que antecedeu a maioridade de Pedro II. Hoje, ele é considerado o órgão central do Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos (Siga) da administração pública federal e possui status de secretaria dentro do MGI. A sede do Arquivo Nacional está localizada no Rio de Janeiro, na Praça da República, e há uma unidade também em Brasília, no Setor de Indústrias Gráficas. Para aqueles que desejam consultar o acervo físico do Arquivo Nacional, as visitas podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 19h30, com entrada permitida até às 18h.
A nova diretora, Mônica Lima e Souza, tem a responsabilidade de dar continuidade a um trabalho importante que envolve a preservação da história e da memória do Brasil. Com sua experiência e formação, espera-se que ela traga novas ideias e iniciativas para fortalecer ainda mais o Arquivo Nacional e sua relevância na sociedade brasileira.