Vitória Miranda brilha no Aberto da Austrália de Tênis em Cadeira de Rodas

A jovem tenista mineira Vitória Miranda, de apenas 17 anos, está fazendo história no Aberto da Austrália de Tênis em Cadeira de Rodas, onde conseguiu avançar para duas finais: uma na categoria de simples e outra na de duplas. Com um desempenho impressionante, Vitória, que ocupa a primeira posição no ranking mundial júnior, derrotou a belga Luna Gryp na semifinal de simples, com um placar convincente de 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/1. Essa vitória marca sua estreia em um Grand Slam, e ela agora se prepara para a final de simples, que acontecerá na sexta-feira, dia 24, em um horário que ainda será definido pelos organizadores do torneio.

Além da final de simples, Vitória também competirá na final de duplas, ao lado da mesma adversária que derrotou, Luna Gryp. Juntas, elas enfrentarão a dupla formada pela norte-americana Sabina Czauz e a letã Ailina Mosko. Essa é uma grande oportunidade para Vitória, que sonha em repetir o feito da tocantinense Jade Lamal, que em 2022 se tornou a primeira brasileira a conquistar um título de Grand Slam no tênis em cadeira de rodas, ao vencer tanto na chave de simples quanto na de duplas no US Open.

Em 2023, Vitória já teve um ano de sucesso, conquistando duas medalhas de ouro no Parapan de Jovens realizado em Bogotá, na Colômbia, nas categorias de simples e duplas mistas, ao lado do compatriota Luiz Calixto. É importante ressaltar que Vitória nasceu prematura e possui apenas 10% de força nas pernas, o que torna suas conquistas ainda mais impressionantes.

Luiz Calixto, também de 17 anos e que é número cinco do mundo, também está competindo no Aberto da Austrália. Ele jogará logo após a final de Vitória, buscando o título de duplas masculinas. Luiz formará dupla com o norte-americano Chalie Cooper, que é o líder do ranking. Eles enfrentarão a parceria do belga Alexander Lantermann e do australiano Benjamin Wenzel.

No ano passado, Vitória e Luiz foram campeões do Cruyff Foundation Americas International, uma competição que reúne os melhores tenistas juvenis da América. Luiz, além de conquistar o troféu, foi reconhecido como o tenista que mais evoluiu na temporada. Ele é natural de Belo Horizonte e foi diagnosticado com pseudoartrose tibial, uma condição que afeta a regeneração óssea após fraturas.

Infelizmente, nem todos os representantes brasileiros tiveram a mesma sorte no torneio. Na divisão Quad, que é destinada a tenistas com ao menos um membro superior, o Brasil foi representado por Ymanitu Silva e Leandro Pena, que foram eliminados na primeira rodada. Ymanitu enfrentou o holandês Sam Schroder, que é o líder do ranking, e perdeu por 2 sets a 0, com parciais de 6/0 e 6/1. Leandro Pena também foi derrotado, desta vez pelo chileno Francisco Cayulef, com um placar de 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7-5) e 6/3.

A trajetória de Vitória Miranda no Aberto da Austrália é um exemplo de superação e determinação. Com suas conquistas, ela não apenas representa o Brasil, mas também inspira muitos jovens a acreditarem em seus sonhos, independentemente das dificuldades que possam enfrentar. A expectativa é alta para as finais que ela disputará, e todos torcem para que ela possa trazer mais títulos para o Brasil no tênis em cadeira de rodas.