Novo filme "Lobisomem" traz terror e drama familiar

O novo filme "Lobisomem", dirigido por Leigh Whannell, estreou em Porto Alegre no dia 16 de janeiro de 2025. O diretor, conhecido por sua abordagem inovadora em filmes de terror, como "O Homem Invisível" (2020), traz à vida um clássico do estúdio Universal.

A trama começa em 1995, quando um homem desaparece nas florestas do Oregon, onde contrai uma misteriosa doença conhecida como "febre das colinas". O personagem Grady Lovell, interpretado por Sam Jaeger, é um caçador que cria seu filho, Blake, em um ambiente hostil, preparando-o para a sobrevivência. A tensão inicial é bem construída, com Whannell optando por sugerir o terror em vez de mostrá-lo de forma explícita.

Trinta anos depois, Blake, agora interpretado por Christopher Abbott, é um pai amoroso que tenta ter um relacionamento diferente com sua filha, Ginger. No entanto, ele é confrontado com seu passado quando recebe a notícia de que seu pai foi declarado legalmente falecido. Isso o leva a decidir passar um tempo na casa onde viveu seus piores pesadelos, o que gera um conflito interno.

Apesar de ter um início promissor, o filme acaba se tornando uma narrativa mais genérica de sobrevivência contra um monstro. A história se desvia do foco inicial, que era explorar a luta interna entre a humanidade e a ferocidade que todos carregam. Whannell, no entanto, é habilidoso em criar tensão e sustos, utilizando efeitos práticos em vez de computação gráfica, o que confere um ar de realismo ao lobisomem.

Embora "Lobisomem" tenha seus momentos de tensão e uma proposta interessante, ele não consegue se aprofundar nos temas que poderia explorar, resultando em uma experiência que, embora assombre, não morde tão forte quanto se esperava.