Defesa Civil de Minas Gerais registra 26ª morte por chuvas

Chuvas em Minas Gerais causam mortes e destruição.

Defesa Civil de Minas Gerais registra 26ª morte por chuvas

Notícia publicada em 15/01/2025 18:03 - #sociedade_comportamento


As fortes chuvas que atingem Minas Gerais desde a semana passada resultaram em mais uma tragédia. A Defesa Civil do estado confirmou, na última quarta-feira (15), a 26ª morte relacionada a esses temporais. A vítima, uma idosa, teve seu corpo encontrado na tarde de segunda-feira (13) preso a uma cerca, nas margens de um córrego na cidade de Serro, que fica a cerca de 300 quilômetros de Belo Horizonte.

De acordo com as informações, a idosa pode ter sido arrastada pela correnteza ao tentar atravessar o córrego durante a forte chuva que caiu na madrugada de segunda. O nome da vítima não foi divulgado, mas sua morte é um triste reflexo dos perigos que as chuvas têm trazido à população mineira.

A prefeitura de Serro informou que, mesmo com a intensidade da chuva diminuindo, os efeitos ainda são severos. O município já enfrenta graves danos ambientais e materiais. Foram registrados deslizamentos de terra, assoreamento de córregos e saturação do solo em áreas críticas, como o aterro controlado municipal. Além disso, diversas residências foram danificadas e interditadas, e pontes e passarelas foram destruídas tanto na área urbana quanto nas comunidades rurais. Muitas estradas estão parcialmente ou totalmente bloqueadas, dificultando o acesso e a mobilidade na região.

Até o momento, mais de 13,6 mil pessoas foram afetadas pelas consequências das chuvas, principalmente devido à obstrução das vias de acesso à cidade. Dezesseis famílias foram forçadas a deixar suas casas, e cerca de 570 pessoas estão ilhadas em comunidades isoladas, sem acesso a serviços básicos.

Com a confirmação da morte da idosa, o total de óbitos em Minas Gerais desde o início do período de chuvas, que começou no final de setembro do ano passado, chega a 26. Durante esse mesmo período, pelo menos 63 cidades mineiras decretaram situação de emergência ou calamidade pública devido aos estragos causados pelas chuvas e ventanias, que resultaram em enchentes, transbordamentos e deslizamentos de terra.

As consequências das chuvas têm sido devastadoras. Mais de 3.270 pessoas foram desalojadas e tiveram que buscar abrigo temporário na casa de parentes, amigos ou vizinhos, ou ainda em pousadas e hotéis. Outras 354 pessoas, que não tinham para onde ir, foram acolhidas em abrigos públicos ou em instituições religiosas e assistenciais.

Além de Serro, outras cidades também registraram mortes devido às chuvas. As localidades mais afetadas incluem Ipatinga (10 mortes), Ipanema (3), Raul Soares (2), além de Uberlândia, Maripá de Minas, Coronel Pacheco, Nepomuceno, Capinópolis, Alterosa, Carangola, Santana do Paraíso, Tombos e Glaucilândia.

A Defesa Civil estadual alertou que, nesta quarta-feira, o clima continua instável em praticamente todo o estado, com previsão de chuvas mais intensas no norte de Minas Gerais. No entanto, a partir de amanhã (16), a expectativa é que as instabilidades climáticas diminuam em grande parte do estado, trazendo um alívio para a população que tem enfrentado essa situação crítica.

As autoridades locais estão trabalhando para atender as necessidades das pessoas afetadas e para restaurar a normalidade nas áreas impactadas. A situação é um lembrete da importância de se preparar para eventos climáticos extremos e da necessidade de um planejamento urbano que leve em consideração os riscos de desastres naturais.


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