Governador de SC comenta sobre proibição de contato entre Bolsonaro e Valdemar

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, continuam a se comunicar, mesmo com a proibição imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Essa proibição foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que vetou qualquer tipo de contato entre eles devido a investigações relacionadas a supostas tentativas de golpe após as eleições de 2022.

Durante uma entrevista, Jorginho mencionou que, apesar da restrição, os dois políticos ainda mantêm conversas, mas precisam ficar a mais de 200 metros de distância quando estão em Brasília. Ele expressou esperança de que, em breve, eles possam se reunir em um mesmo espaço para discutir assuntos do partido.

O governador também comentou sobre a situação de Valdemar, que estaria "amargurado" com a decisão judicial que impede a comunicação com Bolsonaro. Jorginho destacou que Valdemar sempre se comunicou com a bancada do PL para decisões e votações, mas não deixou claro se suas referências a Bolsonaro eram sobre o presente ou o passado.

Após suas declarações, o governo de Santa Catarina emitiu uma nota reafirmando que Jorginho discorda da restrição imposta pelo STF, mas que ambos continuam a cumpri-la. A nota também ressaltou a importância da parceria entre Valdemar e Bolsonaro na construção do PL, que teve um desempenho significativo nas eleições de 2022.

Ambos os políticos foram indiciados pela Polícia Federal por suas ações após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições, e tentaram, sem sucesso, derrubar a proibição no STF. Valdemar, antes do final de 2024, fez visitas a ministros do STF, exceto a Moraes, que não o recebeu.