Queda nas transações via Pix em janeiro é considerada normal
Transações via Pix caem, mas crescem em 12 meses.
Notícia publicada em 15/01/2025 19:48 - #economia
Recentemente, o volume de transações realizadas pelo sistema de pagamentos instantâneos, conhecido como Pix, apresentou uma queda em relação ao mês anterior, dezembro. No entanto, quando comparado ao mesmo período do ano passado, o número de transações continua a crescer. De acordo com dados do Banco Central (BC), entre os dias 1 e 14 de janeiro, foram registradas mais de 2,29 bilhões de transações, totalizando cerca de R$ 920 bilhões em movimentação financeira.
Essa queda de 15,3% em relação ao mesmo período de dezembro, quando ocorreram 2,7 bilhões de transações e uma movimentação de aproximadamente R$ 1,12 trilhão, é considerada sazonal. Isso significa que é uma tendência comum para o mês de janeiro, que geralmente apresenta uma diminuição nas transações devido ao período de férias e ao recebimento do décimo terceiro salário, além das compras de Natal que ocorrem em dezembro.
É importante ressaltar que essa foi a maior queda registrada para a primeira quinzena de um mês desde a implementação do Pix, que ocorreu em novembro de 2020. O número de transações em janeiro foi o mais baixo desde julho do ano passado, quando foram realizadas 2,26 bilhões de transferências.
Apesar dessa diminuição em relação a dezembro, o sistema Pix ainda mostra um crescimento significativo quando comparado a janeiro de 2024. No mesmo período do ano passado, foram realizadas 1,75 bilhão de transações, com uma movimentação de cerca de R$ 659,7 bilhões. Isso demonstra que, mesmo com a queda sazonal, o uso do Pix continua a se expandir ao longo do tempo.
O governo e o Banco Central têm se manifestado sobre essa situação, afirmando que a redução no volume de transações é normal e esperada para essa época do ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que a diminuição das movimentações do Pix em janeiro é uma característica sazonal. Ele afirmou: "Quando você considera a sazonalidade, não tem havido problemas". O BC também confirmou que o movimento do Pix está dentro da variação sazonal típica do início do ano.
Além disso, as estatísticas sobre o Pix foram divulgadas em um momento em que o governo decidiu cancelar uma instrução normativa que havia modernizado a fiscalização das movimentações financeiras. Essa decisão foi tomada em resposta a uma onda de fake news que associavam o Pix a uma possível taxação. Para evitar confusões e preocupações, o governo revogou as novas regras de fiscalização e anunciou que irá editar uma medida provisória. Essa nova medida irá equiparar o Pix ao dinheiro em papel, proibindo a diferença de preços nas cobranças e reforçando o sigilo bancário, além de garantir a não tributação e a gratuidade do uso do sistema para pessoas físicas.
A situação atual do Pix é um reflexo de como o sistema de pagamentos instantâneos se tornou uma ferramenta essencial para a movimentação financeira no Brasil. Desde sua criação, o Pix tem facilitado as transações entre pessoas e empresas, oferecendo uma alternativa rápida e eficiente aos métodos tradicionais de pagamento. Apesar das flutuações sazonais, o crescimento contínuo do uso do Pix demonstra sua aceitação e importância no cotidiano dos brasileiros.
Com a revogação das novas regras de fiscalização e a reafirmação do compromisso do governo em manter o Pix como uma ferramenta acessível e gratuita, espera-se que o sistema continue a se desenvolver e a atender às necessidades da população. O monitoramento constante por parte do Banco Central e do Ministério da Fazenda é fundamental para garantir a confiança dos usuários e a estabilidade do sistema.