Crítica ao filme 'Ainda Estou Aqui' gera revolta entre brasileiros

Recentemente, o filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, gerou uma onda de reações nas redes sociais após uma crítica negativa publicada pelo jornal francês Le Monde. O crítico Jacques Mandelbaum descreveu a atuação de Fernanda como "monocórdica" e afirmou que a personagem Eunice Paiva não abordou adequadamente a temática da ditadura, fazendo o filme parecer leve demais em relação a um assunto tão sério.

Essa avaliação não agradou muitos brasileiros, que rapidamente invadiram os comentários do Le Monde nas redes sociais. Um internauta questionou: "Por acaso vocês são brasileiros para definir o que é 'suavizar' a ditadura?" Outros comentários foram mais humorísticos, como um que dizia: "Pão de queijo é melhor que croissant", mostrando a indignação de forma sarcástica.

Apesar das críticas do Le Monde, o filme recebeu elogios de outras publicações francesas. A revista Cahiers du Cinema destacou a sutileza da obra e a importância da transmissão da memória. O Libération também elogiou a narrativa emocional do filme, enquanto o Le Figaro o descreveu como uma "narrativa histórica cativante e poderosa". A revista Le Nouvel Obs considerou "Ainda Estou Aqui" como o melhor filme de Walter Salles, ressaltando sua abordagem sobre a memória e os desaparecidos.

A controvérsia em torno da crítica evidencia a paixão dos brasileiros por suas produções culturais e a sensibilidade em relação a temas históricos que impactaram o país. O filme, que aborda questões profundas e emocionais, continua a gerar discussões e reflexões sobre a memória coletiva e a forma como a história é retratada no cinema.