Rogério Andrade será transferido para presídio federal em MS
Contraventor Rogério Andrade será transferido.
Notícia publicada em 06/11/2024 19:38 - #sociedade_comportamento
Rogério Andrade, um conhecido contraventor, está prestes a ser transferido para um presídio federal localizado em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Essa decisão foi tomada pela 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Andrade está preso desde o dia 29 de outubro, quando foi detido na penitenciária de segurança máxima Laércio Pellegrino, que faz parte do Complexo de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.
A confirmação da transferência de Rogério Andrade foi feita na última quarta-feira, dia 6, pelo Tribunal de Justiça do Rio. A transferência estava sendo discutida entre o tribunal e a Secretaria Nacional de Políticas Penais, que é uma parte do Ministério da Justiça. É importante ressaltar que a data exata da transferência de Andrade não foi divulgada, pois essa informação é mantida em sigilo por questões de segurança. A responsabilidade de organizar e realizar essa transferência é da Polícia Federal.
Rogério Andrade foi preso durante uma operação chamada Último Ato, que foi realizada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro. Ele foi capturado em sua residência, que fica em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, uma área nobre da cidade.
Andrade é acusado de ser o mandante do homicídio de Fernando de Miranda Ignaccio, que também era um contraventor e genro de Castor Andrade, um famoso bicheiro que já faleceu. Rogério Andrade é sobrinho de Castor e, assim como seu tio, estava envolvido no jogo do bicho e na operação de máquinas de caça-níqueis na zona oeste do Rio de Janeiro.
O crime pelo qual Rogério Andrade é acusado ocorreu no dia 10 de novembro de 2020. Naquele dia, Fernando Ignaccio foi assassinado com três tiros de fuzil enquanto estava no estacionamento de um heliporto localizado no Recreio dos Bandeirantes. Ele havia acabado de voltar de sua casa em Angra dos Reis e foi surpreendido por uma emboscada. Os atiradores dispararam de um terreno ao lado do heliporto, o que indica um planejamento cuidadoso do crime.
Em 2021, o Ministério Público do Rio de Janeiro já havia denunciado Rogério Andrade pelo homicídio de Ignaccio. No entanto, em fevereiro do ano seguinte, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu trancar a ação, alegando que não havia provas suficientes para comprovar que Andrade era o mandante do crime. Essa decisão gerou controvérsias e discussões sobre a eficácia das investigações e a capacidade do sistema judiciário de lidar com casos de crime organizado.
A transferência de Rogério Andrade para um presídio federal é vista como uma medida de segurança, tanto para ele quanto para o sistema penitenciário do Rio de Janeiro. Presídios federais geralmente oferecem mais segurança e controle em comparação com as penitenciárias estaduais, o que pode ser crucial em casos envolvendo figuras do crime organizado. Além disso, a mudança pode dificultar a comunicação e a coordenação de atividades criminosas que possam ocorrer de dentro da prisão.
A situação de Rogério Andrade é um reflexo da luta contínua das autoridades brasileiras contra o crime organizado, especialmente no que diz respeito ao jogo do bicho e outras atividades ilegais que têm raízes profundas na cultura e na economia de algumas regiões do país. A transferência para um presídio federal pode ser um passo importante na busca por justiça e na tentativa de desmantelar redes criminosas que operam com impunidade.
A expectativa agora é que a Polícia Federal execute a transferência de Andrade de forma segura e que as investigações sobre seu envolvimento em crimes continuem, buscando reunir mais provas que possam levar a um julgamento justo e eficaz. O caso de Rogério Andrade é apenas um dos muitos que ilustram os desafios enfrentados pelas autoridades no combate ao crime organizado no Brasil.