Brasil se prepara para impactos da vitória de Trump

A equipe econômica do Brasil está atenta às possíveis consequências da vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos. O novo governo pode trazer medidas protecionistas, como tarifas elevadas nas importações, o que preocupa o Brasil, já que os EUA são seu segundo maior parceiro comercial, atrás apenas da China. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou que o discurso de Trump após a vitória foi mais moderado do que o da campanha, mas ainda assim, há incertezas sobre como isso afetará a economia brasileira.

A expectativa é que um dólar mais forte possa exigir juros mais altos no Brasil. O Banco Central já planeja aumentar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, o que pode levar a uma taxa final de 12,50% ao fim do ciclo de aperto. Além disso, a equipe econômica está preocupada com a possibilidade de um "tarifaço" que poderia impactar diretamente as exportações brasileiras.

Haddad ressaltou a importância de cuidar das finanças do país para minimizar os efeitos de qualquer cenário externo desfavorável. A equipe econômica também está avaliando quem Trump escolherá para seu governo, pois isso pode influenciar as políticas que serão implementadas. A possibilidade de retrocessos em questões multilaterais, como o combate ao aquecimento global, também é uma preocupação, especialmente com a iminente reunião do G20 no Rio de Janeiro, onde o atual presidente, Joe Biden, pode ter suas propostas ignoradas.

Em resumo, o Brasil se prepara para um período de incertezas econômicas, enquanto aguarda as decisões do novo governo americano e suas possíveis repercussões no comércio e nas finanças do país.