Guiné Equatorial restringe Internet após escândalo sexual
Escândalo sexual leva governo a agir.
Notícia publicada em 06/11/2024 11:29 - #politica
Recentemente, a Guiné Equatorial enfrentou uma crise após a divulgação de vídeos que mostram Baltasar Ebang Engonga, um alto funcionário do governo, em situações comprometedoras em seu gabinete. Os vídeos, que se tornaram virais nas redes sociais, mostram Ebang Engonga com várias parceiras, incluindo mulheres de posições elevadas. Essa situação gerou uma onda de indignação e levou o governo a tomar medidas drásticas.
O vice-presidente do país, Teodoro Nguema Obiang Mangue, anunciou que todos os funcionários públicos envolvidos em relações sexuais em gabinetes ministeriais seriam suspensos imediatamente. Ele destacou que essas ações violam o código de conduta e as leis de ética pública. Essa não é a primeira vez que escândalos sexuais envolvendo autoridades emergem, mas a notoriedade dos envolvidos fez com que o caso ganhasse proporções maiores.
Além das suspensões, o governo também decidiu restringir o tráfego de Internet no país. O vice-presidente já havia dado um prazo de 24 horas para que as autoridades de telecomunicações encontrassem uma solução para impedir a disseminação de vídeos pornográficos nas redes sociais. Ele expressou preocupação com o impacto que esses conteúdos têm nas famílias e na sociedade.
Estima-se que existam mais de 400 vídeos gravados por Ebang Engonga, que foram compartilhados em plataformas como Facebook, Instagram e TikTok. O escândalo se intensificou ainda mais quando se soube que Ebang Engonga estava em prisão preventiva por desvio de fundos públicos no momento da divulgação dos vídeos. O procurador do caso afirmou que, se exames médicos revelarem que ele está infectado com uma doença sexualmente transmissível, ele poderá ser processado por crimes contra a saúde pública.
As medidas adotadas pelo governo resultaram em uma severa perturbação no fluxo de tráfego da Internet, dificultando o download de imagens e vídeos no país, segundo informações da agência de notícias France-Presse.