Investigação de corrupção em Mato Grosso do Sul vai para o STF

A investigação sobre suspeitas de corrupção e venda de sentenças por desembargadores do Mato Grosso do Sul foi transferida do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para o Supremo Tribunal Federal (STF). O caso envolve cinco magistrados que, segundo informações, recebem salários exorbitantes, chegando a R$ 200 mil mensais. Esses desembargadores foram afastados e estão obrigados a usar tornozeleira eletrônica.

O ministro Francisco Falcão, do STJ, atendeu a um pedido do STF e anunciou que a investigação agora ficará sob a responsabilidade do ministro Cristiano Zanin. O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) já foram informados sobre essa mudança, mas os motivos que levaram à transferência ainda não foram esclarecidos.

Durante a operação realizada pela PF, que durou três anos, foram apreendidos mais de R$ 3 milhões em dinheiro e diversas armas nas residências dos desembargadores. Os magistrados afastados incluem Sérgio Fernandes Martins, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, e outros quatro colegas.

Os desembargadores são investigados por supostas práticas de corrupção e venda de sentenças, o que gerou grande repercussão na sociedade. O Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS) afirmou que está ciente da operação, mas não se manifestou sobre as investigações, alegando que ainda não teve acesso aos autos do processo.

A Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul (AMAMSUL) também se manifestou, afirmando que acompanhará o desenrolar dos fatos e que a medida visa esclarecer os acontecimentos em fase de investigação. A operação, chamada de "Ultima Ratio", reflete a seriedade com que o sistema judiciário brasileiro trata casos de corrupção.