Família de Maguila doa cérebro para estudos na USP

A família do ex-boxeador Maguila, que faleceu na última quinta-feira (24) em São Paulo, decidiu atender ao seu desejo de doar seu cérebro para estudos na Universidade de São Paulo (USP). A viúva, Irani Pinheiro, afirmou que a decisão foi tomada em vida, visando contribuir para a pesquisa sobre a demência pugilística, doença que Maguila enfrentava.

O velório do lutador ocorreu na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde familiares e amigos se reuniram para prestar suas últimas homenagens. O cérebro de Maguila será armazenado no banco de cérebros da USP, que já possui os cérebros de outros atletas, como o ex-boxeador Eder Jofre e o ex-jogador da seleção Bellini.

Maguila, cujo nome verdadeiro era José Adilson Rodrigues dos Santos, tinha 66 anos e foi diagnosticado com Encefalopatia Traumática Crônica (ETC) em 2013, uma condição que afeta muitos ex-atletas de esportes de contato. Ele deixou esposa e três filhos, que estiveram presentes no velório, que foi aberto ao público e começou às 8h da manhã.

A morte de Maguila gerou uma onda de homenagens nas redes sociais, incluindo uma declaração do presidente Lula, que destacou a importância do lutador para o boxe brasileiro e sua contribuição para a popularização do esporte. Maguila teve uma carreira notável, com 77 vitórias em 85 lutas, e ficou conhecido por sua carisma e talento dentro e fora dos ringues.

Além de sua carreira no boxe, Maguila também se destacou na televisão, atuando como comentarista e participando de programas humorísticos. Sua trajetória é lembrada com carinho por muitos brasileiros, que o consideram uma lenda do esporte nacional.