Tempestade em São Paulo causa danos e deixa moradores sem energia

Uma tempestade severa atingiu o estado de São Paulo na última quinta-feira, dia 24, provocando danos significativos e deixando muitos moradores sem energia elétrica. O Centro de Gerenciamento de Emergências da cidade informou que foram identificados oito pontos de alagamento na capital, todos transitáveis, mas que geraram preocupação entre os cidadãos. Desde as 20h30, todas as regiões da cidade estavam em estado de atenção devido ao risco de alagamentos.

Os ventos fortes foram um dos principais problemas causados pela tempestade. Em Ourinhos, uma cidade no interior paulista, os ventos chegaram a atingir a impressionante velocidade de 126 km/h. Outros municípios, como Jaborandi, Avaré e Taquaritinga, também relataram casos de destelhamento, onde telhados de casas e estabelecimentos foram arrancados pela força do vento. Em Gabriel Monteiro, um posto de gasolina teve sua cobertura danificada.

A Defesa Civil de São Paulo explicou que a ventania foi provocada por uma combinação de fatores climáticos. O calor intenso e a alta umidade na região, juntamente com uma queda acentuada de temperatura, contribuíram para a formação de um ciclone extratropical. Este fenômeno climático estava se formando entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, o que intensificou os ventos e as chuvas na região.

Na região metropolitana de Pirapora do Bom Jesus, a concessionária de energia Enel informou que cerca de 23% dos clientes estavam sem luz. No total, aproximadamente 53 mil imóveis estavam sem abastecimento de energia elétrica às 21h, o que gerou ainda mais desconforto para os moradores que já enfrentavam os efeitos da tempestade.

Impactos na Região Sul

O impacto da tempestade não se limitou apenas ao estado de São Paulo. Os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também foram afetados, com alertas emitidos para a possibilidade de granizo e ventos fortes. Em toda a região, os ventos superaram os 60 km/h, com algumas cidades registrando rajadas de mais de 100 km/h. O recorde foi de 133 km/h em Igrejinhas, no Rio Grande do Sul, enquanto cidades como Erechim e Santa Maria também relataram ventos acima dos 100 km/h.

Diversos municípios da região Sul enfrentaram quedas de árvores e alagamentos. Em Santa Catarina, a Defesa Civil informou que Ponte Alta, localizada no Planalto Serrano, foi um dos municípios mais afetados, com até 200 casas destelhadas. Em São Miguel do Oeste, pelo menos 30 imóveis sofreram destelhamento, e quedas de árvores foram relatadas em várias áreas. Na cidade de Urussanga, o telhado de uma escola municipal foi arrancado pelos ventos e atingiu uma residência vizinha, mas felizmente sem causar vítimas. Em Descanso, também no oeste catarinense, quatro residências, uma indústria e uma igreja foram danificadas pelos ventos fortes, e o fornecimento de energia foi interrompido em várias cidades.

A situação gerou um grande esforço das autoridades locais para atender as demandas emergenciais e restaurar os serviços essenciais. A Defesa Civil e as concessionárias de energia estão trabalhando para minimizar os impactos e garantir a segurança da população. A previsão é que as condições climáticas continuem instáveis nos próximos dias, e a população é orientada a tomar precauções e se manter informada sobre as atualizações das autoridades.