Ação policial no Rio de Janeiro resulta em mortes e feridos

Operação da PM termina com dois mortos e feridos.

Notícia publicada em 24/10/2024 14:35 - #sociedade_comportamento


Na manhã desta quinta-feira, 24 de agosto, uma operação da Polícia Militar no Complexo de Israel, localizado em Cordovil, na zona norte do Rio de Janeiro, resultou na morte de pelo menos duas pessoas. Ambas as vítimas foram atingidas por tiros na cabeça. Além disso, quatro pessoas ficaram feridas, sendo que uma delas se encontra em estado gravíssimo.

A operação teve início logo cedo, mas, segundo a tenente-coronel Claudia Moraes, porta-voz da Polícia Militar, os policiais enfrentaram uma forte resistência por parte dos criminosos que controlam a área. Ela relatou que, durante a ação, os criminosos dispararam contra as vias, atingindo pessoas inocentes que não estavam envolvidas no confronto.

"Nessa entrada da Polícia Militar na comunidade, houve forte confronto e os criminosos resolveram atirar na direção das vias, vindo a vitimar pessoas inocentes que não tinham nada a ver com aquilo", afirmou a tenente-coronel.

Os efeitos da operação foram sentidos em toda a região. O tiroteio causou a interrupção do tráfego na Avenida Brasil, uma das principais vias da cidade, além de afetar a circulação de trens, ônibus e do BRT. Escolas e postos de saúde também foram fechados como medida de segurança. Diante da situação, a Polícia Militar decidiu suspender a operação, embora a retirada dos policiais da comunidade tenha levado algum tempo para ser realizada de forma segura.

A tenente-coronel Claudia Moraes explicou que a reação dos criminosos foi mais intensa do que o esperado. A operação havia começado na Cidade Alta, uma área onde a polícia não costuma enfrentar resistência tão forte. "Nós não tínhamos inteligência para sinalizar para essa questão naquele momento", disse ela, referindo-se à falta de informações que poderiam ter ajudado a prever a reação dos criminosos.

Críticas à operação

A ação policial e suas consequências foram alvo de críticas por parte da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A comissão afirmou que essa foi mais uma operação realizada sem o devido planejamento, o que acaba afetando negativamente a população de diversas localidades.

O clima de tensão na cidade foi tão intenso que o Rio de Janeiro chegou a entrar no estágio 2, que indica risco de ocorrências de alto impacto. O prefeito Eduardo Paes se manifestou sobre a situação, chamando-a de "mais um dia de vergonha". De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, neste ano já ocorreram 61 tiroteios nas proximidades da Avenida Brasil. Nos últimos oito anos, foram mais de 1.500 confrontos armados na região.

A tenente-coronel Claudia Moraes destacou que a operação tinha como objetivo combater o roubo de veículos e cargas, além de lidar com a atuação criminosa que busca dominar o território e expandir suas atividades. Ela também mencionou que havia informações sobre a dificuldade de algumas empresas de comunicação em estabelecer sinal de internet e telefonia na área, o que demonstra a complexidade da situação.

Os nomes das duas pessoas que perderam a vida durante a operação ainda não foram divulgados. A situação continua a gerar discussões sobre a eficácia das operações policiais e o impacto que elas têm na vida dos cidadãos, especialmente em áreas onde a violência é uma realidade constante. A busca por soluções que garantam a segurança da população sem comprometer a vida de inocentes permanece um desafio para as autoridades do Rio de Janeiro.


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