EUA não confirmam bunker do Hezbollah em Beirute

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, declarou que não encontrou evidências que comprovem a existência de um bunker do Hezbollah sob um hospital em Beirute, no Líbano. Essa informação foi divulgada por Israel, que afirma que o local servia como um centro financeiro do grupo extremista, com mais de US$ 500 milhões em dinheiro e ouro armazenados.

Durante uma coletiva de imprensa, Austin afirmou: "Não vimos evidências disso até o momento, mas continuaremos a colaborar com nossos colegas israelenses para entender melhor o que eles estão observando". A declaração surge após o Exército de Israel anunciar a descoberta do bunker sob o Hospital Al-Sahel, em Beirute, e garantir que não atacaria o local, mas continuaria a atacar os ativos financeiros do Hezbollah.

Fadi Alameh, diretor do hospital, negou as acusações de Israel, chamando-as de falsas e caluniosas. Ele pediu que o Exército libanês inspecionasse o local para comprovar que não há nada além de salas de operação e pacientes. Uma repórter da BBC, Orla Guerin, também visitou o hospital e não encontrou o bunker, com a equipe médica afirmando que não havia nada ali.

O porta-voz do Exército israelense, Avichay Adraee, insistiu na existência do bunker e sugeriu que os jornalistas não estavam acessando a área correta, alegando que o Hezbollah estaria escondendo a entrada. Ele afirmou que o bunker foi construído por Hassan Nasrallah, ex-líder do Hezbollah, que foi morto em um ataque aéreo no mês passado.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que o bunker foi monitorado por anos e que os recursos ali armazenados poderiam ter sido usados para ajudar o Líbano, mas foram desviados para atividades terroristas. O governo israelense garantiu que o hospital seria evacuado por questões de segurança, mas não planeja bombardear o local.