Queda nas doações da Universidade Harvard

A Universidade Harvard, uma das mais renomadas do mundo, enfrentou uma queda de 15% nas doações durante o último ano fiscal, que terminou em 30 de junho. O total arrecadado foi de US$ 1,18 bilhão, comparado a US$ 1,38 bilhão no ano anterior. Essa diminuição é a maior registrada nos últimos nove anos e está ligada a reações da universidade em relação ao conflito entre Israel e o Hamas, além de manifestações pró-Palestina que ocorreram no campus.

De acordo com informações da Bloomberg, alguns dos principais doadores, como os bilionários Len Blavatnik e Ken Griffin, decidiram interromper suas contribuições. A situação se agravou após a renúncia da presidente da universidade, Claudine Gay, que enfrentou críticas por sua postura em relação a declarações consideradas antissemitas feitas por alunos.

O conflito começou em 7 de outubro, quando estudantes de Harvard publicaram uma carta responsabilizando Israel pela violência. A presidente, em resposta, defendeu o direito dos alunos à livre expressão, mas isso não foi suficiente para acalmar os ânimos. Em uma audiência no Congresso, Claudine Gay reiterou que qualquer punição a alunos deveria seguir as políticas da universidade, o que gerou mais controvérsia.

As manifestações em Harvard, que começaram em abril, pediam o fim da guerra na Faixa de Gaza e a desvinculação da universidade de instituições ligadas ao governo de Israel. A universidade reconheceu que, apesar de ainda arrecadar mais de US$ 1 bilhão, a sustentabilidade desse nível de doações pode estar em risco devido à instabilidade econômica e à agitação geopolítica.