Coreia do Norte envia soldados para apoiar a Rússia

A Coreia do Norte enviou 1.500 soldados para a Rússia, conforme informou a agência de espionagem da Coreia do Sul. Essa ação é considerada um marco, pois representa a primeira vez que o país se envolve de forma significativa em um conflito internacional. Os soldados, que pertencem às forças especiais, foram transportados em sete navios russos no início de outubro e já foram inspecionados pelo líder norte-coreano, Kim Jong Un.

O Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul (NIS) revelou que as tropas estão sendo preparadas para combate na guerra da Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou que a aliança entre a Rússia e a Coreia do Norte pode resultar na participação de até 10 mil soldados norte-coreanos no conflito. Ele enfatizou a urgência da situação, mencionando que já discutiu o assunto com líderes dos Estados Unidos e de outros países.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha, também comentou sobre a ajuda militar da Coreia do Norte à Rússia, afirmando que não se trata de mercenários, mas de um apoio direto à agressão russa. Ele pediu que a comunidade internacional reconheça a seriedade da situação e tome medidas imediatas.

As tropas norte-coreanas foram enviadas para áreas no extremo leste da Rússia, onde devem passar por treinamento antes de serem enviadas para a linha de frente. Elas receberam uniformes e armas russas, além de documentos falsos para se disfarçarem como soldados russos. O Kremlin, por sua vez, negou as alegações de que tropas norte-coreanas estariam ajudando a Rússia, chamando-as de "farsa".

Essa movimentação militar marca um novo capítulo nas relações entre a Coreia do Norte e a Rússia, que têm se aproximado desde a invasão da Ucrânia. Durante uma visita de Vladimir Putin à Coreia do Norte, os dois países firmaram um pacto de defesa, prometendo apoio mútuo em caso de ataque.