Senado aprova projeto para reduzir gases de efeito estufa
Regras para diminuir poluição são aprovadas.
Notícia publicada em 16/10/2024 12:47 - #meio_ambiente
O Senado brasileiro deu um passo importante na luta contra as mudanças climáticas ao aprovar um projeto de lei que visa reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Essa proposta, que agora segue para a Câmara dos Deputados, foi aprovada pela Comissão de Meio Ambiente e traz diversas ações que podem ajudar a proteger o meio ambiente e promover um desenvolvimento mais sustentável no país.
O projeto de lei, conhecido como PL 4.364/2023, inclui várias medidas que são consideradas prioritárias. Entre elas, está a restauração da vegetação nativa em áreas que são consideradas prioritárias para a conservação. Isso significa que o governo pretende recuperar florestas e outros tipos de vegetação que foram destruídos, ajudando assim a manter a biodiversidade e os recursos hídricos.
Outra ação importante do projeto é o controle e a prevenção do desmatamento. O desmatamento é um dos principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, pois as árvores, ao serem cortadas, liberam o carbono que estavam armazenando. Portanto, ao proteger as florestas, o Brasil pode contribuir significativamente para a redução das emissões.
Além disso, o projeto propõe a valorização de recursos naturais e incentivos financeiros, como o pagamento por serviços ambientais. Isso significa que as pessoas e empresas que ajudarem a manter, recuperar ou melhorar a cobertura vegetal poderão ser recompensadas financeiramente. Essa é uma forma de incentivar a preservação do meio ambiente e promover práticas sustentáveis.
O projeto também foca em pesquisas e desenvolvimento de energias renováveis. Isso é fundamental, pois a transição para fontes de energia mais limpas é uma das chaves para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O governo pretende promover a eficiência energética, ou seja, usar menos energia para realizar as mesmas atividades, o que também ajuda a diminuir a poluição.
Uma das metas do projeto é aumentar a adoção de transportes urbanos e rodoviários que utilizem energias renováveis. Isso é importante, pois o setor de transporte é um dos grandes emissores de gases de efeito estufa. Para isso, o projeto cria mecanismos que tornam as tecnologias de baixo carbono mais atrativas para o setor privado, facilitando a adoção dessas tecnologias.
O senador Astronauta Marcos Pontes, autor do projeto, enfatizou a urgência da proposta. Ele afirmou que não é mais possível esperar para agir em relação às mudanças climáticas. "O prazo já passou. É preciso fazer hoje. Não é só o Brasil, mas o mundo todo tem de se juntar", disse Pontes, destacando a importância de uma ação conjunta para enfrentar esse desafio global.
A relatoria do projeto ficou a cargo do senador Bene Camacho, que também ressaltou a importância de tornar as tecnologias de baixo carbono mais atrativas para o setor privado. Segundo ele, a combinação de incentivos econômicos, desenvolvimento tecnológico e políticas específicas pode contribuir significativamente para os esforços de mitigação climática do Brasil.
Além do projeto de lei, outras iniciativas estão sendo discutidas no país. Por exemplo, a cidade do Rio de Janeiro e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) firmaram um acordo para combater os efeitos das mudanças climáticas. Além disso, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem defendido a necessidade de um constrangimento ético em relação às mudanças climáticas, enfatizando que todos devem fazer sua parte para proteger o planeta.
Com a aprovação desse projeto, o Brasil dá um passo importante em direção a um futuro mais sustentável. A expectativa é que, com a implementação dessas medidas, o país possa não apenas reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, mas também se tornar um exemplo para outras nações na luta contra as mudanças climáticas. A sociedade civil, o setor privado e o governo precisam trabalhar juntos para garantir que essas ações sejam efetivas e tragam resultados positivos para o meio ambiente e para as futuras gerações.