Furacão Milton e Tempestade em São Paulo: Entenda a Conexão

Recentemente, uma tempestade severa atingiu São Paulo, enquanto o furacão Milton devastou o sul dos Estados Unidos. Apesar de ocorrerem em locais diferentes, ambos os fenômenos têm algo em comum: foram intensificados pelas mudanças climáticas. Este ano, o planeta registrou temperaturas recordes, o que contribuiu para a formação de eventos climáticos extremos.

A tempestade em São Paulo, que ocorreu na noite de 11 de outubro, resultou em ventos de mais de 100 km/h e causou danos significativos, incluindo quedas de árvores e interrupções na rede elétrica. Especialistas explicam que as nuvens que provocaram a chuva se formaram devido à combinação de umidade e calor na atmosfera, em interação com uma frente fria.

Por outro lado, o furacão Milton, que se formou no Golfo do México, foi resultado de um movimento atípico dos ventos e das altas temperaturas das águas do Atlântico tropical. Essa combinação de fatores permitiu que o furacão se desenvolvesse de maneira diferente do que é comum, já que a maioria dos ciclones tropicais se move na direção oposta.

Os cientistas alertam que eventos climáticos extremos, como ondas de calor, se tornaram muito mais prováveis devido ao aquecimento global. Um estudo recente indicou que as ondas de calor no hemisfério norte são 35 vezes mais prováveis desde o início do milênio. O meteorologista Guilherme Borges destaca que o clima está se tornando cada vez mais instável, e o professor Paulo Artaxo prevê que as emergências climáticas podem resultar em um número alarmante de mortes no futuro.

A preocupação com a possibilidade de furacões atingirem o Brasil é válida, embora a formação desses fenômenos no Atlântico Sul ainda seja rara. Meteorologistas indicam que, apesar de um verão mais ameno em 2025, haverá um aumento na quantidade de chuvas, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, o que pode impactar a agricultura local.