Caixa Econômica Federal enfrenta condenações por assédio

Caixa é condenada a pagar 14 milhões por assédio.

Notícia publicada em 18/09/2024 19:50 - #justica


A Caixa Econômica Federal está enfrentando sérias consequências financeiras devido a casos de assédio moral e sexual que ocorreram durante a presidência de Pedro Guimarães, que deixou o cargo em 2022 após denúncias. Até agora, a instituição foi condenada em pelo menos quatro processos e fechou dois acordos trabalhistas, totalizando 14 milhões de reais em indenizações.

A situação pode piorar, pois a viúva de Sérgio Batista, ex-diretor da Caixa que se suicidou em 2022, está buscando uma indenização de 40 milhões de reais, alegando que o ambiente de trabalho contribuiu para a tragédia. A defesa de Edneide Lisboa, viúva de Sérgio, afirma que a Caixa foi condenada a pagar a maior indenização já registrada em processos trabalhistas por danos morais.

Além desse caso, a Caixa também foi condenada em processos em São Paulo, Amazonas e no Distrito Federal. Um dos processos, movido pela Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa, resultou em uma condenação de 400 mil reais por assédio moral. Outro caso, em que o Sindicato dos Bancários de São Paulo atuou, resultou em uma indenização de 3,5 milhões de reais após Guimarães ter forçado funcionários a fazer flexões.

Um episódio peculiar envolveu um funcionário que foi obrigado a comer pimenta, recebendo uma indenização de 52 mil reais por danos morais. Em 2022, a Caixa já havia pago uma multa de 10 milhões de reais e feito um acordo para encerrar investigações do Ministério Público do Trabalho sobre os casos de assédio.

Enquanto as ações trabalhistas continuam, as funcionárias que acusaram Pedro Guimarães de assédio sexual ainda aguardam uma decisão da Justiça. Uma audiência está marcada para os próximos dias, mas o processo está sob sigilo.