Revitalização do Museu de Ciências da Terra no Rio de Janeiro
Museu de Ciências da Terra será revitalizado.
Notícia publicada em 23/01/2025 19:47 - #cultura
O Museu de Ciências da Terra, localizado no Rio de Janeiro, passará por uma revitalização significativa e também será construído um novo Centro Científico e Cultural na Urca. Essa iniciativa foi formalizada através da assinatura de um termo de cooperação entre o Serviço Geológico do Brasil (SGB) e a Petrobras, realizada na última quinta-feira, dia 23.
A assinatura deste acordo representa um passo importante para a modernização do museu, que há anos enfrenta desafios estruturais. Com o apoio da Petrobras, serão investidos R$ 271 milhões na revitalização dos laboratórios do museu, além da construção de novos laboratórios de isotopia e geocronologia. Essa modernização permitirá que o museu ofereça novas pesquisas e exposições científicas e culturais, tornando-se um espaço ainda mais relevante para a educação e a divulgação científica.
O novo Centro Científico e Cultural da Urca terá uma área de 2.400 metros quadrados e contará com laboratórios de ponta, que servirão como referência internacional em pesquisa. O diretor-presidente do SGB, Inácio Melo, destacou a importância desse acordo, afirmando que é um marco histórico para a ciência no Brasil. Ele enfatizou que a parceria com a Petrobras valoriza o papel da ciência e da tecnologia no desenvolvimento do país.
A diretora executiva de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, também comentou sobre a relevância do projeto. Ela afirmou que a infraestrutura laboratorial que será criada no local será uma referência internacional e que o centro representa o compromisso com o desenvolvimento tecnológico e do conhecimento.
O Museu de Ciências da Terra, que está fechado desde 2018, tem uma história rica e significativa. O prédio, que é um belo exemplo da arquitetura neoclássica, foi tombado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) em 1994. Sua construção levou 28 anos e ocorreu durante a transição entre a monarquia e a República no Brasil. O museu é considerado o Palácio da História Geológica Brasileira, devido à sua importância na preservação e divulgação da história geológica do país.
Infelizmente, o museu sofreu um incêndio em 1973, que destruiu quase metade de sua área útil. Desde então, o espaço não pôde ser utilizado plenamente, o que levou à necessidade urgente de revitalização. O acervo do museu inclui uma das mais importantes coleções de minerais, rochas e fósseis do Brasil, que remonta à criação do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil (SGMB) em 1907.
Ao longo dos anos, o prédio histórico foi utilizado por diversos órgãos da administração federal, incluindo o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) e o Conselho Nacional do Petróleo (CNP). Essa trajetória fez do museu um dos monumentos arquitetônicos mais conhecidos da cidade do Rio de Janeiro.
Com a revitalização do Museu de Ciências da Terra e a construção do novo Centro Científico e Cultural, espera-se que o espaço se torne um importante ponto de referência para a pesquisa científica e a educação no Brasil. A iniciativa não apenas preserva a história geológica do país, mas também promove o desenvolvimento de novas tecnologias e conhecimentos que podem beneficiar a sociedade como um todo. A expectativa é que, em breve, o museu reabra suas portas, oferecendo ao público uma experiência enriquecedora e educativa.