Biden concede perdões a aliados de Trump antes de deixar cargo

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tomou uma decisão importante ao conceder perdões preventivos a várias pessoas que foram alvo de ataques políticos por parte de Donald Trump. Essa ação ocorreu no dia 20 de janeiro de 2025, poucas horas antes de Biden deixar a presidência. O objetivo dos perdões é proteger essas figuras de possíveis processos judiciais que Trump poderia iniciar ao reassumir o cargo.

Entre os beneficiados estão o general Mark Milley, ex-presidente do Estado-Maior Conjunto, e Anthony Fauci, o cientista que foi uma figura central nas orientações do governo durante a pandemia de Covid-19. Além deles, todos os membros do comitê bipartidário da Câmara que investigou o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 também foram incluídos. Isso inclui a ex-deputada Liz Cheney, que se destacou por seu apoio a Kamala Harris nas eleições.

Trump, que já havia expressado sua intenção de processar seus opositores, fez declarações em dezembro pedindo investigações sobre Cheney e outros. Durante seu governo, Fauci frequentemente se opôs a Trump, o que gerou uma onda de críticas por parte dos apoiadores do ex-presidente. Já Milley foi alvo de críticas por suas declarações sobre Trump, que foram consideradas desleais por alguns aliados do republicano.

Biden justificou sua decisão afirmando que as investigações motivadas politicamente podem causar danos irreparáveis às vidas e reputações das pessoas envolvidas. Ele destacou a importância de proteger aqueles que, segundo ele, agiram corretamente e contribuíram para a defesa da democracia e a preservação de vidas durante momentos críticos. "Estas são circunstâncias excepcionais, e não posso, em sã consciência, não fazer nada", afirmou Biden em sua declaração.