Hollywood e Donald Trump: Uma Nova Relação

A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos trouxe mudanças significativas para Hollywood. As estrelas que antes criticavam abertamente o presidente agora parecem optar por um silêncio estratégico. Isso ocorre em um momento em que a indústria cinematográfica enfrenta desafios, como a concorrência com plataformas de streaming e a regulação da inteligência artificial.

Trump, que já se cercou de apoiadores como Jon Voight, Mel Gibson e Sylvester Stallone, pretende usar esses atores como seus representantes em Hollywood. Ele afirmou que eles serão seus "olhos e ouvidos" na indústria. No entanto, a relação entre o presidente e os artistas não será a mesma de seu primeiro mandato, quando muitos usaram eventos como o Globo de Ouro para criticar suas políticas.

No último Globo de Ouro, por exemplo, houve uma notável ausência de críticas a Trump, ao contrário do que aconteceu em anos anteriores. Especialistas acreditam que o receio de provocar o presidente pode estar ligado à crise que Hollywood enfrenta desde a pandemia, com uma queda de 42% nas bilheteiras. Além disso, a competição acirrada entre cinemas e serviços de streaming tem gerado prejuízos para a indústria.

A relação entre Hollywood e o governo pode se tornar ainda mais complexa, já que a indústria depende de regulamentações que afetam a produção e distribuição de filmes. A expectativa é que, sob a administração de Trump, o cinema americano possa se tornar mais conservador, limitando a diversidade de histórias contadas, especialmente aquelas que abordam temas como imigração e questões LGBTQIA+.

Com a crescente influência das big techs, como Apple e Amazon, a indústria cinematográfica também se vê pressionada a se adaptar às novas tecnologias e demandas do público. A expectativa é que, com Trump no poder, Hollywood busque um alinhamento com suas pautas conservadoras, o que pode impactar a forma como as histórias são contadas e quem as conta.