Tenente da PM é preso por suspeita de envolvimento em assassinato
Policial é acusado de ajudar na fuga de criminosos.

Notícia publicada em 18/01/2025 13:47 - #política
Na manhã do último sábado (18), um tenente da Polícia Militar, Fernando Genauro da Silva, de 33 anos, foi preso em Osasco, São Paulo. Ele é suspeito de ter sido o motorista do veículo que ajudou na fuga de uma quadrilha responsável pela execução de Vinícius Gritzbach, um delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). O assassinato de Gritzbach ocorreu no Aeroporto Internacional de São Paulo no ano passado e, até agora, 16 policiais militares foram detidos por envolvimento no caso.
Gritzbach estava sendo investigado por sua participação em esquemas de lavagem de dinheiro relacionados ao PCC. Ele fez uma delação premiada com o Ministério Público, onde revelou nomes de pessoas ligadas à facção criminosa e também denunciou policiais por corrupção. Essa delação pode ter sido a motivação para sua execução, segundo informações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Após a prisão, que é temporária e dura 30 dias, o tenente foi levado para a sede do DHPP, na capital paulista. Assim que a prisão for formalizada, ele será transferido para o Presídio Militar Romão Gomes (PMRG).
A Corregedoria da Polícia Militar já havia realizado a prisão de outros 15 policiais militares na quinta-feira (16). Desses, 14 foram detidos por fazer a escolta ilegal de Gritzbach, enquanto um deles é apontado como o autor dos disparos que resultaram na morte do delator. Além disso, no mesmo dia, a namorada de um dos suspeitos, que atuava como “olheiro” e que está foragido, também foi presa. Ela possui envolvimento com o tráfico de drogas.
Na sexta-feira (17), um jovem de 22 anos foi detido por sua suposta participação no homicídio. Ele é investigado por ter ligação com o olheiro foragido. Vale ressaltar que esse jovem havia sido preso anteriormente em dezembro, mas foi solto em uma audiência de custódia, o que levanta questões sobre a eficácia do sistema judicial em lidar com casos de criminalidade organizada.
Essas prisões são parte de uma investigação mais ampla sobre a corrupção dentro da Polícia Militar e a relação de alguns de seus membros com facções criminosas. O caso de Gritzbach é emblemático, pois expõe como a corrupção pode estar infiltrada nas instituições que deveriam proteger a sociedade.
A situação é alarmante e levanta preocupações sobre a segurança pública e a confiança da população nas forças de segurança. A continuidade das investigações é crucial para que se possa entender a extensão da corrupção e tomar medidas efetivas para combatê-la. A sociedade espera que as autoridades ajam com rigor e transparência para restaurar a confiança nas instituições e garantir que os responsáveis por crimes, sejam eles civis ou policiais, sejam punidos de acordo com a lei.