Operação no Rio prende 16 pessoas por venda de anabolizantes

Uma operação policial realizada pela 76ª DP de Niterói e pelo GAECO do Ministério Público do Rio de Janeiro resultou na prisão de 16 pessoas envolvidas na fabricação e venda de anabolizantes clandestinos. As prisões ocorreram na capital fluminense e em cidades vizinhas como Niterói, São Gonçalo e Maricá, além de um mandado cumprido no Distrito Federal. Uma pessoa foi detida em flagrante durante a ação.

O líder da quadrilha, Miguel Barbosa de Souza Costa Júnior, foi preso em sua residência em Colubandê, São Gonçalo. A casa dele possuía placas de aviso que diziam: "Invasores serão alvejados. Sobreviventes serão alvejados novamente". Além de Miguel, outros dois homens, Cristiano Cardoso Casaca e Itamar Andrade Duarte Júnior, também são considerados figuras-chave na organização, que é uma das maiores do estado no comércio ilegal de anabolizantes.

As investigações revelaram que os produtos eram fabricados de forma caseira, sem qualquer supervisão das autoridades sanitárias, e continham substâncias tóxicas, como inseticidas. Os anabolizantes eram vendidos pela internet a preços abaixo do mercado e a quadrilha patrocinava eventos de fisiculturismo, utilizando influenciadores digitais para promover os produtos, que recebiam até R$ 10 mil por mês.

Desde o início das investigações, em junho do ano passado, a polícia apreendeu mais de duas mil substâncias ilícitas que seriam enviadas para 26 estados brasileiros. Os suspeitos enfrentam acusações de associação criminosa, falsificação e adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos, entre outros crimes.